Na obra Em Além do Princípio do Prazer, Sigmund Freud, discute os antagonismos presentes em todos os seres, como uma disputa constante de forças decididamente opostas; para a vida e para a morte; para o crescimento e para a destruição.
Freud encontrou na Mitologia a representação para essas forças opostas, através dos mitos de Eros e Tanatos.
Para Freud, Eros (pulsão de vida) e Tanatos (pulsão de morte) , são as forças que organizam o desenvolvimento humano e da civilização, através de sua constante dialética.
CONCEITO DE DESEJO NA PSICANÁLISE
Para a psicanálise, desejo designa, ao mesmo tempo, a propensão, o anseio, a necessidade, a cobiça ou o apetite, isto é, qualquer forma de movimento em direção a um objeto cuja atração espiritual ou sexual é sentida pela alma e pelo corpo (ROUDINESCO; PLON, 1998)
OS MITOS
Os mitos são anteriores à Filosofia, (o saber mítico ofereceu respostas, quando o saber lógico ainda não havia estruturado-se ). Foram a forma de encontrar respostas à todas as inquietantes indagações que fervilhavam nas mentes humanas sedentas de explicações para tudo o que tinham consciência de existência, dentro e fora do ser.
EROS
Deus do amor equivalente ao romano Cupido. Na mitologia mais antiga era representado como uma das forças primitivas da natureza, o filho de Caos, e a encarnação da harmonia e do poder criativo no universo. Posteriormente foi considerado um belo e apaixonado jovem, acompanhado por Poto, o Hímero (o Desejo). A mitologia posterior fez dele o companheiro permanente de sua mãe, Afrodite, deusa do amor.
TÂNATOS
O deus da morte da mitologia grega nascido antes da criação da humanidade por Prometeu, que servia à Hades trazendo-lhe súditos, e em geral é mostrado como um espírito alado e é irmão gêmeo de Hipnos, o deus do sono.
Na mitologia grega, Eros, o deus grego do amor, e Tânatos, a personificação da morte opõem-se. Esses dois mitos foram discutidos por vários filósofos ao longo da história da Filosofia para explicar o antagonismo: morte e desejo.
A FILOSOFIA
Mas essa ideia de movimento e alteração de forças opostas em constante disputa, está presente nas obras de muitos filósofos.
O pré-socrático Empédocles, afirmava: para que o mundo produza a sua diversidade, os quatro elementos (terra, fogo, água e ar) unem-se e separam-se, devido a duas forças cósmicas opostas:
o amor e o ódio.
O amor que une e o ódio que separa.
Entre essas duas forças, amor e ódio, para Empédocles, não existe hierarquia; ambas se alteram sucessivamente e tudo se faz e se refaz, a partir da ação dessas forças em movimentos cíclicos.
Para o filósofo Arthur Schopenhauer a vontade (desejo) constituí a essência mais pura e constante no homem. É o princípio elementar, natural e primário que está aquém e além da razão. A vontade é o que possibilita o viver com plenitude. A vontade em Schopenhauer é o triunfo da vida sobre a morte, através, principalmente do instinto da atração sexual, do instinto de reprodução está na constituição do ser, independente de sua intenção e escolha racional. Ela é a própria natureza, manifestando sua força sobre o querer individual.
Mas essa vontade, como fonte permanente de estímulos, não pode ser satisfeita de modo pleno. Então esse ciclo é fonte de sofrimento, que para ser resolvido implica no aniquilamento da vontade, na renúncia do querer. O que de certa forma, encontramos no budismo.
O DESEJO ESTIMULADO PELAS POMBAS GIRAS

É o estímulo à superação de dificuldades; à luta pela conquista dos objetivos;
A escolha do auto amor; a renovação das energias; o seguir em frente; o estar aberto aos novos relacionamentos; a aceitação das limitações com lucidez, mas sem conformismo derrotista; o crescimento intelectual; o aprimoramento espiritual; o fortalecimento do caráter; a afirmação do "EU SOU, TU ÉS, NÓS SOMOS", a perspicácia da ação, a sabedoria da "não ação", a exploração das possibilidades...
Quando aceitei realizar um trabalho público, escrevendo sobre Pombas Giras, sofri toda sorte de preconceitos, de familiares, amigos, inimigos e inclusive de espíritas e umbandistas. Por incrível que pareça, encontrei apoio em dois amigos padres, do tempo em que cursava filosofia e em alguns amigos psicanalistas. E também gostaria de agradecer aos evangélicos que me escrevem, expondo suas ideias de modo muito carinhoso e respeitoso.
E agradeço sobretudo o interese e amizade de meus leitores e seguidores. São para eles que escrevemos; para os médiuns iniciantes; para os mediuns que por algum motivo não frequentam templos umbandistas e trabalham sozinhos em suas casas; para os consulentes que são enganados; para os desesperados pelas paixões não correspondidas e apelam à kiumbas para trazerem seu amor de volta, achando que estão pedindo e sendo atendidos por Pombas Giras.
Sem sombra de dúvida, o meio umbandista foi o que mais causou-me decepções. A maioria não assume, mais acha que POMBAS GIRAS SÃO ESPÍRITOS EM EVOLUÇÃO e não devem ser mentoras espirituais. Os mentores devem ser PRETOS VELHOS, quando muito CABOCLOS ou outros ESPÍRITOS MAIS ILUMINADOS com nomes futuristas.
Pois bem, trabalho e incorporo Erês, Caboclos, Caboclos mirins, Caboclo da Pantera, Pretos Velhos, Baianos, Boiadeiros, Ciganos, Mestres do Oriente... amo a todos eles.
Mas aceitei com orgulho e convicção trabalhar com e por Pombas Giras.
Pois todos os espíritos citados acima também estão em evolução.
Todos nós estamos em evolução, todo o planeta está em evolução.
E por que seria "meu" Preto Velho ou Caboclo quem teriam que falar sobre o universo das Pombas Giras?
É isso.
LAROIÊ POMBAS GIRAS
Claudia Baibich
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Nota
Eros = ligado às pulsões de vida, impulsiona ao contato, ao embate com o outro e com a realidade. Sendo a vida tensão permanente, conflito permanente coloca-nos no interior de afetos conflitantes e pode não ser a realização do princípio do prazer.
Thanatos = é o princípio profundo do desejo de não separação, de retorno à situação uterina ou fetal, quer o repouso, a aniquilação das tensões. Está vinculado às pulsões da morte pois somente esta poderá satisfazer o desejo de equilíbrio, repouso e paz absolutos.