Obsessão Espiritual I



1. Introdução
Colhe hoje a humanidade os frutos dos seus erros, vivemos envoltos em uma aura de sensualidade, vícios, egoísmo e vingança. Segundo os espíritos a aura que envolve a Terra é repugnante para aqueles que já alcançaram relativa evolução espiritual.
Correntes de vibrações negativas são enviadas para o plano astral diariamente, alimentando ainda mais a discórdia e o ódio de irmãos ainda não conscientes das verdades espirituais.
Os espíritos a que muitos chamam de Obsessores ou Vampiros são os irmãos que nadam no mar da indiferença e egoísmo que nós mesmos criamos. Hoje a vítima sofre, mas amanhã, sem o conhecimento da verdade, ela se tornará o verdugo e assim teremos ciclos e mais ciclos de sofrimento.
Somente a Verdade e o Amor, vivenciado pelo coração desperto pela mensagem de Jesus pode se libertar!!
Esse artigo tem como objetivo explicar a obsessão, levando o leitor a refletir sobre a sua responsabilidade na relação com os espíritos ainda ignorantes. Também mostraremos a necessidade de mudança das energias que emitimos diariamente, já que precisamos de uma vez por todas mudar o tipo de vibração do nosso planeta.
Se todos decidissem viver as sublimes lições do Cordeiro não estaríamos hoje sujeitos ao impacto de energias tão opressivas.
Cabe a nós então, seguindo as pegadas do Mestre, optar por ajudar, por melhorar, reerguendo não só nosso espírito, como também nosso planeta e os irmãos que ainda vivem na ilusão.
Longe de abordar todos os aspectos da obsessão o artigo busca amenizar o sofrimento e medo dos que são vítimas, clareando através de uma pequena chama de luz o caminho que deve ser trilhado pelos que buscam a iluminação.

2. Obsessão, O que significa?
Observando a Natureza podemos verificar que tudo é aproveitado, e que, são atraídas para suas criações as criaturas afins.
O néctar da flor atrai o beija-flor e a abelha, a última fabrica o mel, alimento precioso.
Os frutos atraem os animais silvestres.
As nascentes dos rios possibilitam que uma infinidade de seres cresçam, se reproduzam e mantenham a vida nas florestas e cachoeiras.
Por outro lado, os animais mortos, a carniça atrai os urubus e outros animais que se alimentam dos restos de outros animais.
Restos de comida atraem as moscas, formigas e baratas.
Nenhuma criação de Deus é melhor ou pior, todas elas tem um objetivo na manutenção da vida, no entanto, as de aspectos desagradáveis são atraídas pelas emanações mórbidas e "sujas", enquanto as criações sublimes e delicadas são atraídas por elementos sutis.
Não é muito diferente no mundo espiritual, de acordo com nossa psicosfera, ou seja, as vibrações geradas por nossos pensamentos, emoções, atos, palavras e conduta, atraímos energias, formas-pensamento e ESPÍRITOS com a mesma qualidade que emitimos.
Isso não é ruim ou bom, simplesmente acontece, como reação de uma ação, seja ela pensar, falar, sentir, etc.
Os obsessores então são espíritos que se aproximam de nós por algum vínculo, seja ele dessa ou de outras vidas. Eles podem ser atraídos por nossas baixas vibrações ou então já nos conhecem, vinculados por laços que se perdem no tempo.
Sua aproximação geralmente é suave, para não que não seja notada, porém, devido ao seu desequilíbrio, o encarnado acaba se prejudicando depois de algum tempo em contato, podendo ficar doente, perdendo vitalidade, desequilibrando-se emocionalmente, adquirindo síndrome do pânico, etc, abordaremos mais tarde algumas das conseqüências para os encarnados da obsessão.
Abaixo colocamos a definição de obsessão dada pelo livro A Gênese, de Allan Kardec.
"Chama-se obsessão à ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais."

3. As Brechas Espirituais que Podem Gerar Obsessão
Toda obsessão se instala através de uma "brecha espiritual", que pode ser "criada das seguintes formas":
-   Tendências inferiores, que busquem prejudicar a si (depressão, por exemplo) ou ao próximo (calúnia, mentiras, vingança, sensualidade, etc);
-   Vícios ;
-   Apego ou Aversões extremas;
-   Medo;
-   Comprometimento Karmico devido às ações praticadas nesta ou em outra vida nas quais uma pessoa ou um grupo foram prejudicados, por exemplo, assassinato, aborto, roubo, calúnia, traição, responsabilidades maternas, paternas ou matrimoniais não exercidas da forma correta, etc;
-   Mediunidade exercida em proveito próprio;
-   Mediunidade não educada;
Através de uma das brechas espirituais mencionadas acima é possível a aproximação do desencarnado, que se aproveita para iniciar o contato espiritual entre obsessor e obsediado.
Essa ligação se assemelha muito com uma doença grave, que aos poucos vai se instalando no organismo, de modo quase imperceptível e que, conforme vai ganhando força, vai mostrando os seus sinais, acusando a invasão de um agente externo.
Poucos se preocupam com a saúde espiritual, e a maioria não busca SE CONHECER, por isso a ligação com o obsessor começa com pequenas mudanças, e sem sentir, passamos a virar marionetes, de modo que, se não forem tomadas às devidas providências, entramos na segunda e perigosa fase da obsessão, a Possessão.
Retiramos a passagem abaixo do livro Estudando a Mediunidade, de Martins Peralva:
"Desde a obsessão simples até a possessão avançada. grande número de criaturas, abrindo brechas na mente e no coração, pelas quais se infiltram os desencarnados menos esclarecidos, cujas almas extravasam rancor e vingança, se vêem a braços com o perigoso e cruel assédio de Espíritos com que se acumpliciaram no pretérito."
4. Os Obsessores
Os obsessores são espíritos que já desencarnaram e que por algum motivo não conseguem se desligar do plano físico, ficando impedidos de habitar as esferas mais felizes do plano astral em decorrência das suas baixas freqüências vibratórias, incompatíveis com o padrão vibratório dos planos mais elevados.
Podem habitar o plano astral há muito tempo, possuindo conhecimentos avançados sobre as técnicas de obsessão ou estarem recém-desencarnados.
Alguns sabem que já não possuem corpo físico, outros se acham ainda "vivos" e agem influenciados ou hipnotizados por espíritos de maior conhecimento. Alguns são atraídos para junto de encarnados e lá se encontram "esperando o tempo passar".
O obsediado é o espírito perseguido pelo obsessor, que sofre as conseqüências nocivas da ligação espiritual.
Alguns possuem conhecimentos espirituais avançados, como os Magos Negros. Os espíritos trevosos também se organizam, por isso existem escolas de formação de obsessores no astral inferior.
Temos obsessores com grande avanço intelectual e outros rudes, espíritos primitivos ainda.
O mais importante de entender é que existe alguma coisa que "prende" esses espíritos as vibrações do nosso planeta, impedindo-os de habitar planos mais sutis do Astral, onde temos Postos de Socorro e Colônias Espirituais.
Ganância, vício, orgulho, vingança, frustração, vaidade, culpa, etc, implodem nesses corações despreparados e fazem com que eles percam um pouco da razão e do contato com seus veículos espirituais superiores, ficando “temporariamente” surdos e cegos aos chamados espirituais.
Digo temporariamente porque nenhum espírito pode ficar para sempre mau, esse é um estágio temporário, onde ele ignora as Leis de Amor e Paz de nosso Pai, é por isso que os emissários do amor tem tanta compaixão por esses irmãos.
Com o tempo os obsessores se cansam da vida que levam ou ficam tão doentes que pedem auxílio. Sempre que o coração se arrepende com sinceridade os emissários divinos aparecem a resgatam-no.
Para o clarividente é possível notar as conseqüências desse esforço nos corpos astrais dos irmãos, que vão se definhando devido a sua relutância em seguir o caminho anunciado pelo Mestre Nazareno. Geralmente as chagas que o fizeram desencarnar continuam a vista, sentindo ele as próprias dores. O seu perispírito também vai se deformando, assumindo um aspecto grosseiro e repugnante.
Por isso o sentimento para com os irmãos obsessores não pode ser outro além de Amor e Compaixão, visto que acima de verdugos eles são sofredores, porque não conseguem sentir o caloroso amor de Jesus.

5. Motivações dos Obsessores e sua Classificação
Jamais poderia o autor desse humilde artigo criar categorias para classificar obsessores, contudo, se faz necessário criar agrupamentos para facilitar o entendimento dos motivos e objetivos dos obsessores.
Seguindo o que foi abordado em vários livros e minha experiência pessoal em reuniões de desobsessão, agrupei os obsessores nas seguintes categorias:

Obsessores Afins
Não são maus nem bons, simplesmente desencarnaram e continuam sua vida como se ainda estivessem encarnados. Encontram uma casa desguarnecida espiritualmente e passam a ali habitar. Acabam se simpatizando com alguns e não gostando de outros, sejam moradores ou freqüentadores, parentes ou amigos.
Sua energia desequilibrada contribui para piorar a qualidade vibratória da casa, podendo atrair outros obsessores. Começam a se ligar "vibratoriamente" aos moradores, principalmente se tivermos um médium.
Alguns tentam até ajudar, no entanto estão ainda muito desequilibrados para realizar algum auxílio. Outros visam somente mistificar e fascinar os moradores, buscando se aproveitar deles, vampirizando-os e instigando a práticas de baixo padrão vibratório.
Afastar esse obsessor a força, por "trabalhos" pagos não é a solução, já que a falta de conduta cristã permitiu sua aproximação.
A melhor forma de ajudar é ir a um centro que tenha trabalhos de desobsessão. O irmão desencarnado, NO MOMENTO CERTO (não pensem que é só ir ao centro uma vez e pronto... problema resolvido) será levado para a reunião e será doutrinado.
Não maioria das vezes não é difícil convencer esses irmãos, que encontraram corações desguarnecidos e um lar sem proteção.
Você pode se perguntar porque esse obsessor foi parar na sua casa e não na casa de algum amigo ou parente dele???
Basicamente podemos ter duas situações. A casa da família pode estar "protegida" espiritualmente e não é possível que lá ele fique, ou o clima da casa é insuportável, onde muitas vezes a sua imagem traz recordações desagradáveis.

Vampiros
Os ditos "vampiros" são desencarnados que "sugam" as energias dos encarnados, por isso a literatura assim os classifica.
Os espíritos desse grupo ainda não conseguiram se de desvencilhar das energias animais que utilizavam quando ainda encarnados. Eles necessitam "sentir" as sensações carregadas do plano físico e por isso se "acoplam" aos menos avisados, sugando suas energias vitais.
O espírito desencarnado precisa de encarnados ou recém-desencarnados para obter as energias físicas, já que ele perdeu o seu corpo físico e etérico na desencarnação.
O trabalho de vampirização é feito com cuidado, o obsessor cerca o encarnado de todas as formas e faz o possível para que ele não fuja ao seu controle.
Os desencarnados que não tem mérito para receber o auxílio das equipes desencarnatórias também são explorados por esses irmãos. O recém-desencarnado possui grande quantidade de energia etérica aderida ao seu corpo astral, ficando a outra parte no duplo etérico (ambas são exploradas). Quando uma equipe desencarnatória tem permissão de ajudar o moribundo, o duplo etérico é dispersado na atmosfera e o recém-desencarnado é protegido contra as investidas dos espíritos inferiores.
Os vampiros atuam geralmente sobre o chakra esplênico, responsável pela absorção de vitalidade. Com o tempo eles também estendem sua influência para o chakra básico (fundamental), onde buscam completar a absorção de vitalidade. Quando isso acontece é quase certo a influencia do obsessor sob a sexualidade, absorvendo também as energias do desregramento sexual do seu "pupilo".
No livro Técnicas da Mediunidade, de Carlos Torres Pastorino encontramos informações sobre as técnicas utilizada pelos espíritos vampirizadores:
"Mas anotemos que não é raro vermos, grudado nas costas do obsidiado (região lombar esquerda, altura da cintura) formas ovóides, aracnídeos escuros, espécie de carrapatos enormes: são formas astrais, quer (raramente) assumidas pelos espíritos vampirizadores, quer por ele criadas, para que funcionem à maneira das antigas "sanguessugas", que de vez em quando eles vêm sugar, deixando-as lá para que novamente se locupletem.
Há espíritos que distribuem essas "sanguessugas" por diversas criaturas, do mesmo modo que há "quadrilhas" deles, que se reúnem para essa exploração baixa e prejudicial."
Alguns dos obsessores que realizam o vampirismo tem grande poder mental, podendo "gerenciar" equipes. Outros sugam as energias sem maldade, por simples ignorância do seu atual estado.
O obsediado que tem sua energia "roubada" vai definhando, se sentindo fraco e desenvolvendo doenças nos seus "pontos fracos", já que a vitalidade absorvida se torna inferior a necessária para funcionamento do seu corpo.
Muitos ficam também irritados, sem paciência ou chorosos. Além de sugar a vitalidade, o obsessor, que é um irmão desequilibrado, passa para o obsediado suas energias desequilibrantes, este vai sentindo gradualmente a influência energética nociva na forma de mal estar, irritação e enfermidades.
É importante entender que esses irmãos não conseguem se conscientizar que podem viver SEM as energias animais, que aliás, vão desfigurando o seu corpo astral e ainda repercutem de modo a evidenciar as próprias mazelas que os fizeram desencarnar.
Por isso devemos ter muita compaixão desses irmãos, que embora nos causem prejuízos, sofrem muito com o seu doentio apego ao mundo.
Uma boa sessão de desobsessão e tratamento com passes em uma casa espírita séria geralmente resolvem o problema, mas não soluciona a causa, que será abordada mais profundamente no item Tratamento.
No livro Missionários da Luz, André Luiz nos traz um exemplo interessante, mostrando a necessidades que os espíritos de baixa vibração têm de vitalidade, ao ponto de extraí-lo do sangue dos animais mortos em um abatedouro:
"Pelas vibrações ambientes, reconheci que o lugar era dos mais desagradáveis que conhecera, até então, em minha nova fase de esforço espiritual. Seguindo Alexandre de muito perto, via numerosos grupos de entidades francamente inferiores que se alojavam aqui e ali. Diante do local em que se processava a matança dos bovinos, percebi um quadro estarrecedor. Grande número de desencarnados, em lastimáveis condições, atiravam-se aos borbotões de sangue vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora...
Alexandre percebera o assombro doloroso que se apossara de mim e esclareceu-me com serenidade:- Está observando, André? Estes infelizes irmãos que nos não podem ver, pela deplorável situação de embrutecimento e inferioridade, estão sugando as forças do plasma sanguíneo dos animais. São famintos que causam piedade.
Poucas vezes, em toda a vida, eu experimentara tamanha repugnância. As cenas mais tristes das zonas inferiores que, até ali, pudera observar, não me haviam impressionado com tamanho amargor.
Desencarnados à procura de alimentos daquela espécie? Matadouro cheio de entidades perversas? Que significava tudo aquilo? Lembrei meus reduzidos estudos de História, remontando-me à época em que as gerações primitivas ofereciam aos supostos deuses o sangue de touros e cabritos. Estaria ali, naquele quadro horripilante, a representação antiga dos sacrifícios em altares de pedra? Deixei que as primeiras impressões me incandescessem o cérebro, a ponto de sentir, como noutro tempo, que minhas idéias vagueavam em turbilhão.
Alexandre, contudo, solícito como sempre, acercou-se mais carinhosamente de mim e explicou:
- Porque tamanha sensação de pavor, meu amigo? Saia de si mesmo, quebre a concha da interpretação pessoal e venha para o campo largo da justificação. Não visitamos, nós ambos, na esfera da Crosta, os açougues mais diversos? Lembro-me de que em meu antigo lar terrestre havia sempre grande contentamento familiar pela matança dos porcos. A carcaça de carne e gordura significava abundância da cozinha e conforto do estômago. Com o mesmo direito, acercam-se os desencarnados, tão inferiores quanto já o fomos, dos animais mortos, cujo sangue fumegante lhes oferece vigorosos elementos vitais. Sem dúvida, o quadro é lastimável; não nos compete, porém, lavrar as condenações. Cada coisa, cada ser, cada alma, permanece no processo evolutivo que lhe é próprio. E se já passamos pelas estações inferiores, compreendendo como é difícil a melhoria no plano de elevação, devemos guardar a disposição legítima de auxiliar sempre, mobilizando as melhores possibilidades ao nosso alcance, a serviço do próximo
.”
A explicação dada pelo instrutor que acompanhava André Luiz é profunda, mostrando o o porquê do sacrifício de animais em certos rituais de quimbanda e candomblé.

Parentes
Como foi falado antes, os espíritos que não conseguem se desvencilhar da sua atração pelas sensações físicas ficam "vagando" aqui mesmo, vivendo em alguns casos nas próprias moradias que deixaram.
Também temos casos em que o espírito recém-desencarnado tenta, mas não consegue se desligar da vida física devido aos chamados incessantes dos que ficaram. O espírito fica desorientado e acaba voltando ao lar, unindo-se a família que não o vê, mas que passa conviver com ele.
As duas situações são bastante tristes, já que o recém-desencarnado poderia habitar lugares muito mais harmoniosos e felizes que a Terra.
No outro lado temos os familiares, que passam a conviver com o espírito familiar, que acaba participando das desavenças, e sem querer, contribui para o desequilíbrio da ambiente doméstico, pois ele se encontra desequilibrado. Ele não está em condição de ajudar ninguém (embora muitos achem o contrário).
É por esse motivo que temos que orar para que os que já partiram para o mundo espiritual tenham paz e que possam ser auxiliados, caso contrário eles sofrem e inconscientemente prejudicam as pessoas próximas.
Quando o desencarnado teve alguma doença séria é comum a pessoa mais sensível da casa (geralmente o que é médium) ou a que tem mais ligação com o recém-desencarnado comece a sentir alguns os sintomas da doença que o fez desencarnar.
O parente não faz isso por mal, mas a sua ligação acaba acontecendo e é prejudicial aos encarnados.
O tratamento para esse tipo de obsessão varia de acordo com os participantes. Pode ser simples quando existe uma vontade geral para o entendimento e muito complexo quando os familiares não conseguem parar de chamar o desencarnado ou ele não aceita ficar longe da família.
Em reuniões de desobsessão encontramos espíritos de mães ou pais que voltam várias vezes à reunião. Eles alegam que tentaram ir para os Postos de Socorro, mas não conseguem ficar longe. Totalmente inconscientes acabam voltando ao lar, impregnando o ambiente de enerigas nocivas.
Nos casos mais complicados somente o tempo e a paciência podem resolver o problema. A influencia da família encarnada é muito importante, ela deve orar, vibrar positivamente e pedir para que o recém-desencarnado seja auxiliado. Realizar o Evangelho no Lar é muito importante para facilitar o trabalho da espiritualidade nesses casos.
Caso o desencarnado se rebele e insista em ficar com a família e essa esteja sendo prejudicada, é possível que ocorra uma intervenção por parte dos mentores espirituais, impedindo o espírito de permanecer no lar. Retiramos como exemplo o trecho do livro Obreiros da Vida Eterna, de Chico Xavier:

"- Indiquei, porém o laço fluídico que a ligava ao envoltório sepulto e observei:
- Vê-se, entretanto, que a mísera experimenta a desintegração do corpo grosseiro em terríveis tormentos, conservando a impressão de ligamento com a matéria putrefata. Não teremos recursos para aliviá-la?
Tomei atitude espontânea de quem desejava tentar a medida libertadora e perguntei:
- Quem sabe chegou o momento? não será razoável cortar o grilhão?
- Que diz? - objetou, surpreso, o interlocutor - não, não pode ser! Temos ordens.
- Porque tamanha exigência - insisti.
- Se desatássemos a algema benéfica, ela regressaria, Intempestiva, à residência abandonada, como possessa de revolta, a destruir o que encontrasse. Não tem direito, como mãe infiel ao dever, de flagelar com a sua paixão desvairada o corpinho tenro do filho pequenino e, como esposa desatenta às obrigações, não pode perturbar o serviço de recomposição psíquica do companheiro honesto que lhe ofereceu no mundo o que possuía de melhor. E’ da lei natural que o lavrador colha de conformidade com a semeadura. Quando acalmar as paixões vulcânicas que lhe consomem a alma, quando humilhar o coração voluntarioso, de medo a respeitar a paz dos entes amados que deixou no mundo, então será libertada e dormirá sono reparador, em estância de paz que nunca falta ao necessitado reconhecido às bênçãos de Deus.
"
Também temos casos em que cônjuges não aceitam um segundo enlace, obsediando o companheiro ou o novo consorciado ou até os dois, temos um exemplo no livro Entre o Céu e a Terra, de André Luiz, pelo espírito Chico Xavier:

" - A jovem senhora é Zulmira, a segunda orientadora deste lar, e a irmã desencarnada que presentemente lhe vampiriza o corpo é Odila, a primeira esposa de Amaro e mãezinha de Evelina, dolorosamente transfigurada pelo ciúme a que se recolheu. Empenhada em combater aquela que considera inimiga, imanta-se a ela, através do veículo perispirítico, na região cerebral, dominando a complicada rede de estímulos nervosos e influenciando os centros metabólicos, com o que lhe altera profundamente a paisagem orgânica.
- Mas, porque não há reação por parte da perseguida? - inquiri, perplexo.
- Porque Zulmira, a nossa amiga encarnada, caiu no mesmo padrão vibratório - aclarou o instrutor. - Ela também se devotou ao marido com egoísmo aviltante. Amaro sempre foi pai afetuosíssimo. O matrimônio anterior deixou-lhe um casal de filhinhos, mas o pequeno Júlio, formosa criança de oito anos, perdeu a existência no mar. A segunda mulher nunca suportou, sem mágoa, o carinho do genitor para com os órfãos de mãe. Revoltava-se, choramingava e doía-se constantemente, diante das menores manifestações de ternura paternal, entrelaçando-se, por isso mesmo, com as desvairadas energias da irresignada companheira de Amaro, arrebatada pela morte. Em suas preocupações doentias, Zulmira chegou a desejar a morte de uma das crianças.
"
Agora um exemplo perfeito, retirado do livro Nos Domínios da Mediunidade (Chico Xavier), que mostra o problema de uma irmã a que teimou em chamar o marido, que sem conseguir se esquivar acabou se ligando em uma obsessão perigosa:

" Era infortunado solteirão desencarnado que não guardava consciência da própria situação.
Incapaz de enxergar os vigilantes que o traziam, caminhava à maneira de um surdo-cego, impelido por forças que não conseguia identificar.
- É um desventurado obsessor, que acabam de remover do ambiente a que, desde muito tempo, se ajusta - informou Áulus, compadecido. - Desencarnou em plena vitalidade orgânica, depois de extenuar-se em festiva loucura. Letal intoxicação cadaverizou-lhe o corpo, quando não possuía o menor sinal de habilitação para conchegar-se às verdades do espírito.
E como quem já conhecia as particularidades da prestação de socorro que, decerto, fora antecipadamente preparada, continuou explicando:
- Reparem. É alguém a movimentar-se nas trevas de si mesmo, trazido ao recinto sem saber o rumo tomado pelos próprios pés, como qualquer alienado mental em estado grave. Desenfaixando-se da veste de carne, com o pensamento enovelado a paixão por irmã nossa, hoje torturada enferma que sintonizou com ele, a ponto de retê-lo junto de si com aflições e lágrimas, passou a vampirizar-lhe o corpo. A perda do veículo físico, na deficiência espiritual em que se achava, deixou-o integralmente desarvorado, como náufrago dentro da noite. Entretanto, adaptando-se ao organismo da mulher amada que passou a obsidiar, nela encontrou novo instrumento de sensação, vendo por seus olhos, ouvindo por seus ouvidos, muitas vezes falando por sua boca e vitalizando-se com os alimentos comuns por ela utilizados. Nessa simbiose vivem ambos, há quase cinco anos sucessivos, contudo, agora, a moça subnutrida e perturbada acusa desequilíbrios orgânicos de vulto. Por haver a doente solicitado nosso concurso assistencial, somos constrangidos a duplo socorro. Para que se cure das fobias que presentemente a assaltam como reflexos da mente dele, que se vê apavorado diante das realidades do espírito, é necessário o afastamento dos fluidos que a envolvem, assim como a coluna, abalada pelo abraço constringente da hera, reclama limpeza em favor do reajuste.


Vingadores, Perseguidores, Verdugos
Entramos agora em casos mais complexos, onde às vezes os erros se iniciaram há muito tempo atrás.
Quando uma equipe espiritual é chamada para o auxílio ao grupo de espíritos envolvido, o caso é estudado detalhamente, buscando entender a origem dos problemas e as possibilidades de ajuda para todos os participantes, que provavelmente terão que compartilhar experiências de perdão e amor em encarnações posteriores.
Vamos por partes para entender o problema...

Início
Em uma vida anterior um espírito ainda animalizado se aproveitou de outro que estava em situação desvantajosa, como por exemplo:
- Um senhor e seu escravo.
- Um homem arrasou a vida de uma mulher, explorando seus sentimentos nobres.
- Um amigo que se aproveitou da amizade para seduzir sua mulher e roubar-lhe os bens através de assassinato ou traição.
- Um amigo ou inimigo invejoso que destruiu sua vida com calúnias.
- Assassinato por roubo ou por poder.
- Um filho que assassinou o pai para se apropriar dos bens, ou, que após a morte dos pais destruiu a vida dos irmãos para ser o único herdeiro.
- Etc.
A situação em si não importa e NÃO DEVEMOS BUSCAR O ERRO COMETIDO, já que muitas vezes não estamos preparados para ouvi-los. Não peça para saber o que fez, de que isso adiantaria?? Se for da vontade de Deus que conheça os teus erros pode deixar que de uma forma ou outra você terá acesso.
O mais importante é entender como tudo começou, uma ou mais pessoas foram prejudicadas, ocorrendo ou não assassínio.
A partir desse momento você gerou uma dívida Karmica com aquela(s) pessoa(s) e com você, essas são as conseqüências da sua ação.
A partir daí podem acontecer duas coisas:
1. O espírito prejudicado é um irmão de luz, que te perdoou e seguiu o seu caminho.
2. O espírito não te perdoou, e vai ficar atrás de você. Utilizando a brecha criada pelo erro cometido ele se aproxima para se vingar.É importante tecer comentários sobre o remorso do encarnado, seja consciente ou não. As almas ainda animalizadas possuem pouca sensibilidade para as vibrações superiores, por isso sentem muito pouco remorso, já as almas um pouco mais evoluídas não conseguem fugir a lembrança do erro cometido.
O importante é saber que a Centelha Divina, o seu EU imortal, o seu Espírito sabe do erro e se ressente disso e não se sentirá em paz até que esteja “quite” com o prejudicado e com as Leis Divinas.

A Execução
Temos uma variedade enorme de opções para vingança do desencarnado, que pode freqüentar as chamadas "escolas de obsessão" do astral inferior, se ligar a grupos especializados em obsessão ou pode fazer tudo pelas próprias mãos, aprendendo com o tempo como prejudicar o seu adversário.
A intercessão por parte dos espíritos superiores é difícil no início de todo esse processo, já que por própria escolha o espírito decidiu prejudicar outro. Muitas vezes somente após várias vidas de sofrimento e angústia vividas por ambas as partes é que pode ocorrer uma interrupção, muitas vezes solicitada por parentes ou amigos das vítimas.
Para executar o seus planos sórdidos, o desencarnado busca prejudicar e influenciar todos que podem, inclusive familiares, filhos, cônjuges, para tornar a vida do seu "alvo" um inferno.
Desequilibrado emocionalmente, o obsediado se torna uma presa mais fácil, a partir daí o obsessor não larga mais sua presa. Somente uma mudança interior radical (muito difícil sem ajuda) ou uma ajuda externa, de encarnados ou desencarnados poderá modificar a situação.
Se vocês pensam que o obsessor nesses casos se satisfaz somente com atormentar sua vítima até o fim de sua vida está muito enganado, a melhor parte os espera depois do desencarne, onde eles poderão agir sem o alívio do corpo físico, que reduz o impacto das suas investidas.
É um quadro triste e doloroso, que muitas vezes leva o espírito a tal nível de deterioração que seu corpo astral perde a forma, tornando-se o conhecido ovóide.
Existe um complicador muito sério nesses tipos de obsessão, o verdugo só possui o corpo astral, ou seja, o corpo das emoções, seu desequilíbrio gerado pela raiva, ódio e desejo de vingança torna-o um louco inconseqüente, ele não consegue controlar os seus sentimentos. Muitas vezes ele está tão cego que não consegue enxergar que ele está se tornando igual ou pior ao que ele culpa pela sua decadência.

O Desfecho
O desfecho desse tipo de obsessão não é o final, e sim um novo começo.
Deus atrairá os espíritos envolvidos nesses conflitos várias vezes, na tentativa de que eles se perdoem e que juntos cresçam, o problema é que a cada vida eles pioram sua situação (geralmente, não podemos radicalizar), contrariando mais dívidas e alimentando ainda mais os sentimentos negativos.
Em algum momento ocorre uma intercessão, alguém solicita ajuda para esses espíritos, caso os mentores espirituais assinalem a oportunidade de reerguimento é destacado um grupo de especialistas em obsessão para ajudá-los.
Os instrutores responsáveis se desdobrarão para levar os dois espíritos que se encontram no mesmo plano (ambos desencarnados) ou em planos diferentes (um encarnado e outro desencarnado) a um entendimento.
Os objetivos geralmente são:
- O prejudicado aceitar o perdão daquele que errou, ou seja, pare de obsediá-lo por livre escolha.
- O espírito que está obsediado entenda o erro que cometeu e faça de tudo para ajudar o reerguimento daquele que ele mesmo contribuiu para decadência. Geralmente o espírito encarnará como filho, dependente, irmão, ou qualquer outro vinculo que os façam conviver e aprenderem a se amar.
Vemos então que neste tipo de obsessão o desfecho é um novo dia para os envolvidos..
Novamente caberá a eles se renovarem, podendo novamente cair... é o livre-arbítrio, cada um pode fazer a sua escolha.

O tratamento
O tratamento exige muita, muita, muita paciência, compreensão, fé, exemplo e perdão, além do envolvimento de equipes espirituais especializadas. Em alguns casos é necessário realizar a desobsessão em um centro espírita, através da ligação do obsessor a um médium.
Lembramos também que muitas vezes o obsessor não está sozinho, pode estar acompanhado de um grupo, tornando a tarefa ainda mais difícil. Não estamos querendo dizer que é impossível, visto que nada é impossível para Deus, no entanto, é imprescindível explicar porque em alguns casos a melhora demora tanto.




Legiões de Obsessores
Podemos incluir nesse grupo as colônias espirituais do Astral Inferior que se especializam nas práticas de obsessão, fascinação, subjugação, possessão, vampirismo e hipnose das vítimas encarnadas e até desencarnadas.
Essas colônias são governadas por espíritos com alto poder intelectual e grandes conhecimentos espirituais, mas totalmente falidos no amor ao próximo e a Deus. Muitos foram personagens famosos, que brilharam em setores diferentes da vida, mas que sempre erraram e prejudicaram as coletividades. Existem na maioria das colônias desse tipo os chamados Magos Negros, espíritos que tiveram acesso a grande quantidade de informações espirituais pois foram “iniciados” por Mestres, no entanto se perderam totalmente no caminho da luz.
Não temos como escrever pormenores das tarefas executadas por esses grupos, contudo, faremos o possível para criar uma lista que mostre seus principais objetivos:
-   Vampirizar encarnados para extrair sua vitalidade.
-   Hipnotizar e influenciar encarnados que sejam suscetíveis aos seus pensamentos. Estimular ao erro irmãos que ainda possuem fragilidades nas diversas áreas de evolução (vícios, síndromes, medo, etc).
-   Atuam algumas vezes vinculados a médiuns mercenários, realizando ”serviços espirituais” em troca de favores.
-   Formam escolas para ensinar os desencarnados vingativos a melhor forma de executar o seu plano de vingança.
-   Fazem o possível para “destruir” os templos dedicados ao amor e auxílio do próximo, sejam eles de qualquer religião ou filosofia. Destruir nesse caso significa desvirtuar os responsáveis ou participantes da obra de caridade e amor ao próximo.
-   Fazem "julgamentos" de espíritos que prejudicaram outros na Terra. Muitos se acham no direito de JULGAR os que erram, realizando reuniões e sentenciando os que erraram e não possuem merecimento para ajuda de espíritos superiores.
Em vários livros encontramos reuniões de julgamento onde o espírito culpado é desfigurado, tomando formas disformes ou de animais, através do fenômeno que conhecemos como ideoplastia do corpo astral (o corpo astral é maleável e pode assumir formas diferentes)
-   Estudam meticulosamente grupos ou instituições que buscam o auxílio e evolução do próximo. Buscando sempre encontrar falhas nos participantes para evitar que os seus “pupilos” sejam levados para outro caminho. O seu principal alvo são os centros espíritas e templos de Umbanda, principalmente os grupos que realizam reuniões de desobsessão.
Que seja dita uma verdade sobre as legiões de obsessores, ou você está com eles ou está contra eles.
Se você está com eles então você é obsediado, vampirizado, influenciado para vibrar negativamente e é levado por eles durante o sono físico para lugares não muito agradáveis, onde eles fazem o possível para estimular os vícios, fraquezas e condutas que contrariam os ensinamentos do Cristo.
Se você está contra eles é porque você faz o bem, ora, freqüenta grupos de caridade, de auxílio, etc. Eles espreitam o caminho dos seguidores do Cristo, esperando a oportunidade de atuarem, pois enquanto o espírito estiver equilibrado eles não podem influenciá-lo, contudo, sabemos da nossa instabilidade e por isso a vigilância para os que buscam se libertar deve ser REDOBRADA. Ao primeiro sinal de fraqueza eles aparecem, buscando sempre retirá-lo do caminho.
Pela conduta e exemplo das pessoas de bem, que vivem os ensinamentos do Cristo, muitos espíritos obsessores se transformam e você contribui diretamente para a melhora vibratória de nosso planeta, com isso atrapalha os planos estabelecidos pelos espíritos das trevas, que se alimentam e ficam a vontade com as emanações degradantes dos encarnados irresponsáveis.
Quando você se destaca no trabalho espiritual, muitas vezes passará por experiências desconcertantes junto a esses espíritos. Pode acontecer de você ser chamado para conversar ou no ponto de vista deles "acertar contas". Vamos dizer que é o caminho inverso do que vimos nos obsediados, o espírito se aproxima, para tentar infundir medo, receio ou até criar a falsa idéia de que "se um espírito obsessor falou com você é porque você se encontra desequilibrado".
Isso tudo é normal, vivemos hoje um momento de transformação, os irmãos de amor se unem para elevar o padrão vibratório do planeta, isso gera uma reação nos que buscam envolver a Terra em trevas. Não tenhamos medo, porque aquele que segue Jesus, o Cristo, nada deve temer. Os espíritos amigos estão sempre próximos, aconselhando, protegendo, fazendo tudo que está ao seu alcance e lhes é permitido.
Se você é um guerreiro do amor e luta pelo bem da humanidade, nada deve temer.
As legiões de obsessores perdem aos poucos seus legionários, que acabam cansando de tanta miséria moral e exploração de espíritos encarnados e desencarnados.
Não alcançando a felicidade eles acabam sucumbindo em algum momento, seja pelo exemplo dos obreiros do bem ou pela intervenção de um espírito superior.
Já os responsáveis por essas colônias são mais difíceis de auxíliar, de tempos em tempos eles recebem a oportunidade de mudança, sempre através de grupos especializados.
O tratamento para o paciente vítimas desses grupos é também de nível complexo, muitas vezes a obsessão se encontra em estágio avançado, não sendo possível o desligamento do obsessor de forma imediata.
O obsediado deve iniciar um processo de transformação interior, para que ele e os obsessores sejam auxiliados, somente com o tempo e a perserança os envolvidos serão libertados, sendo o obsediado equilibrado e os obsessores levados para Colônias ou Postos de Socorro.
Sobre essa tema retiramos um trecho interessante do livro A Vida Além da Sepultura, de Hercílio Maes, pelo espírito Ramatis:
" Os comandos das trevas realizam estudos minuciosos sobre as tendências prejudiciais humanas, pesquisando as vontades fracas e procurando os escravos dos preconceitos e convenções mundanas, para depois vampirizá-los em sua vitalidade psíquica....Assim não lhes custa muito descobrir um desejo mais vigoroso ou imprudente, que possa servir como um "detonador psíquico" procurado para a concretização dos seus objetivos sombrios. Esse desejo muitas vezes palpita como um ideal oculto no âmago da futura vítima, podendo ser uma ansiedade permanente por algum objetivo de auto-exaltação perigosa na esfera social, política ou no comando da vida, disfarçando talvez uma vaidade exuberante ou orgulho implacável....Os magos das sombras procuram conhecer o tipo do predominante desejo de cada criatura e a probabilidade de lhes servir como ponto de apoio para suas maquinações diabólicas ou desforras cruéis;... assim como lhe proporcionam toda sorte de oportunidades e contatos com outras criaturas que possam atuar na mesma faixa vibratória e superexcitar aquele desejo oculto, até conseguirem a sua eclosão no mundo exterior.A vítima vai despertando lentamente ao tomar conhecimento de sua excitação íntima que, embora vaga, é uma força condutora tentando orientar-lhe os passos para algum ideal, realização ou programa absolutamente afim a sua índole....
Quando o espírito já alimenta propósitos melhores na atual existência, mas ainda é alvo do interesse das sombras – para que não repila com veemência o seu "desejo central", que pode se chocar com a moral já condicionada aos seus projetos – os obsessores buscam enfraquecer-lhe as defesas, criando ensejos de gozos e facilidades, que de início não passam de atrações algo inofensivas e, quando muito, leves pecadinhos comuns a toda a humanidade.
E assim armam perigosa equação do seu senso psicológico comum, abrindo-lhe brechas cada vez maiores e que a criatura subestima porque a sutileza e capacidade do invisível não a deixam aquilatar a proporção do prejuízo ético e aviltamento moral que pesa sobre os seus hipnotizados. É o caso de certas criaturas que iniciam inocente jogatina no lar, sem interesse utilitarista ou intenção subversiva, mas gradativamente se condicionam ao vício, sem se aperceber disso. De um simples "passatempo" inofensivo e enquadrado na moral das criaturas, nasce a paixão viciosa pela ilusão....
"


Vampiros do Vício
Os vampiros do vício são almas extremamente torturadas pelo vício que não conseguiram superar após a morte, seja ele fumo, álcool, sexo, drogas, etc.
Como não possuem mais o corpo físico, eles utilizam os encarnados viciados, "acoplando-se" a eles em simbioses energéticas, onde absorvem parcialmente as emanações etéricas e astrais do vício degradante executado pelo encarnado.
Esses obsessores só deixam a vítima quando ela já não serve mais para o seu vício. Fazem de tudo para que ela não largue a sua rotina de desregramento, não tendo a menor compaixão pelas conseqüências físicas, emocionais e espirituais geradas a médio e longo prazo.
Os obsessores se acham donos do seu "caneco espiritual" e não é incomum mais de um obsessor se utilizar do viciado, o grupo porém é restrito.
O encarnado muitas vezes deseja sinceramente largar o vício, mas tem que lutar duas batalhas, uma contra si e outra contra os obsessores, que através das ligações fluídicas já consolidadas, estimulam o viciado.
Os obsessores não se utilizam somente de estímulos internos para o vício, também é comum eles atrapalharem a vida da sua vítima para irritá-lo, desarmonizando-o e com isso estimulando o seu vício, fazendo parecer a única coisa que vale a pena, pois todo o resto dá errado.
Em A Vida Além da Matéria, Hercílio Maes pelo Espírito Ramatís encontramos o seguinte trecho:
"Os espíritos malfeitores, desencarnados, por lhes faltar o corpo físico, vivem sempre acicatados pelos desejos inferiores da matéria, os quais não podem ser saciados no Mundo Astral. Então, procuram saciar-se de seus vícios e desregramentos buscando apoderar-se de criaturas desprotegidas, a fim de transformarem-nas em verdadeiras “ponte-vivas” e assim conseguirem o meio de se fartar nos seus desejos mórbidos e desregrados. Utilizando processos e ciladas diabólicas, eles esgotam a vitalidade das infelizes criaturas que imprudentemente lhes caem sob o jugo satânico.... A energia do Mundo Astral é vigoroso multiplicador da freqüência vibratória do perispírito liberto da carne. Por isso, enquanto as almas elevadas centuplicam suas emoções dignas e mais se elevam aos planos angélicos, os espíritos inferiores sentem os seus desejos torpes ainda mais superexcitados..."
No Mundo Maior, Chico Chavier, pelo espírito André Luiz
"Antídio, doente e desventurado, a despeito das condições precárias, reclamava um copinho, sempre mais um copinho, que um rapaz de serviço trazia, obediente. Tremiam-lhe os membros, denunciando-lhe o abatimento. Álgido suor lhe escorria da fronte e, de vez em quando, desferia gritos de terror selvagem. Em derredor, quatro entidades embrutecidas submetiam-no aos seus desejos. Empolgavam-lhe a organização fisiológica, alternadamente, uma a uma, revezando-se para experimentar a absorção das emanações alcoólicas, no que sentiam singular prazer. Apossavam-se particularmente da "estrada gástrica", inalando a bebida a volatilizar-se da cárdia ao piloro.
A cena infundia angústia e assombro.
Estaríamos diante de um homem embriagado ou de uma taça viva, cujo conteúdo sorviam gênios satânicos do vicio?
O infortunado Antídio trazia o estômago atestado de liquido e a cabeça turva de vapores.
Semidesligado do organismo denso pela atuação anestesiante do tóxico, passou a identificar-se mais intimamente com as entidades que o per seguiam.
Os quatro infelizes desencarnados, a seu turno, tinham a mente invadida por visões terrificantes do sepulcro que haviam atravessado como dipsomanlacos. Sedentos, aflitos, traziam consigo imagens espectrais de víboras e morcegos dos lugares sombrios onde haviam estacionado.
Entrando em sintonia magnética com o psiquismo desequilibrado dos vampiros, o ébrio começou a rogar, estentôreamente:
- Salve-me! salve-me, por amor de Deus!
E indicando as paredes próximas, bradava sob a impressão de indefinível pavor:
- Oh! os morcegos!... os morcegos! afugentem-nos, detenham-nos...! Piedade! quem me livrará! Socorro! Socorro!...
Dois senhores, também obnubilados pelo vinho, aproximaram-se, espantados. Um deles, porém, tranquilizou o outro, dizendo:
- Nada de mais. É o Antídio, de novo. Os acessos voltaram. Deixemo-lo em paz.
Enquanto isso, o desditoso ébrio continuava bradando:
- Ai! ai! uma cobra... aperta-me, sufoca-me... Que será de mim? Socorro!
As entidades perturbadoras timbravam nas atitudes sarcásticas; gargalhavam de maneira sinistra. Ouvia-as o infeliz, a lhe ecoarem no fundo do ser, e gritava, tentando investir, embora cambaleante, os algozes invisíveis:
"
Nos Domínios da Mediunidade – Capitulo 15 – Forças Viciadas
" Achava-se o pobre amigo abraçado por uma entidade da sombra, qual se um polvo estranho o absorvesse.
Num átimo, reparamos que a bebedeira alcançava os dois, porqüanto se justapunham completamente um ao outro, exibindo as mesmas perturbações.
...
Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes.
Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes.
Indicando-as, informou o orientador:
- Muitos de nossos irmãos, que já se desvencilharam do vaso carnal, se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência física, que se cosem àqueles nossos amigos terrestres temporariamente desequilibrados nos desagradáveis costumes por que se deixam influenciar.
- Mas por que mergulhar, dessa forma, em prazeres dessa espécie?
- Hilário - disse o Assistente, bondoso -, o que a vida começou, a morte continua... Esses nossos companheiros situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os localiza na vizinhança da animalidade. Não obstante haverem freqüentado santuários religiosos, não se preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a exaltação dos mais astuciosos e dos mais fortes. O chamamento da morte encontrou-os na esfera de impressões delituosas e escuras e, como é da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse senão nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são peculiares, porqüanto, na posição em que se vêem, temem a verdade e abominam-na, procedendo como a coruja que foge à luz.
"
Sexo e Destino – Francisco Candido Xavier e Waldo Vieira – Álcool
"Detínhamo-nos, curiosos, na inspeção, quando sobreveio o inopinado.
Diante de nós, ambos os desencarnados infelizes, que surpreendêramos à entrada, surgiram de repente, abordaram Cláudio e agiram sem-cerimônia.
Um deles tateou-lhe um dos ombros e gritou, insolente:
— Beber, meu caro, quero beber!
A voz escarnecedora agredia-nos a sensibilidade auditiva. Cláudio, porém, não lhe pescava o mínimo som. Mantinha-se atento à leitura. Inalterável. Contudo, se não possuía tímpanos físicos para qualificar a petição, trazia na cabeça a caixa acústica da mente sintonizada com o apelante.
O assessor inconveniente repetiu a solicitação, algumas vezes, na atitude do hipnotizador que insufla o próprio desejo, reasseverando uma ordem.
O resultado não se fez demorar. Vimos o paciente desviar-se do artigo político em que se entranhava. Ele próprio não explicaria o súbito desinteresse de que se notava acometido pelo editorial que lhe apresara a atenção.
Beber! Beber!...
Cláudio abrigou a sugestão, convicto de que se inclinava para um trago de uísque exclusiva-mente por si.
O pensamento se lhe transmudou, rápido, como a usina cuja corrente se desloca de uma direção para outra, por efeito da nova tomada de força.
Beber, beber!... e a sede de aguardente se lhe articulou na idéia, ganhando forma. A mucosa pituitária se lhe aguçou, como que mais fortemente impregnada do cheiro acre que vagueava no ar.
O assistente malicioso coçou-lhe brandamente os gorgomilos. O pai de Marina sentiu-se apoquentado. Indefinível secura constringia-lhe o laringe. Ansiava tranqüilizar-se.
O amigo sagaz percebeu-lhe a adesão tácita e colou-se a ele. De começo, a carícia leve; depois da carícia agasalhada, o abraço envolvente; e depois do abraço de profundidade, a associação recíproca.
...
Cláudio-homem absorvia o desencarnado, a guisa de sapato que se ajusta ao pé. Fundiram-se os dois, como se morassem eventualmente num só corpo. Altura idêntica. Volume igual.Movimentos sincrônicos. Identificação positiva.
Levantaram-se a um tempo e giraram integralmente incorporados um ao outro, na área estreita, arrebatando o delgado frasco.
Não conseguiria especificar, de minha parte, a quem atribuir o impulso inicial de semelhante gesto, se a Cláudio que admitia a instigação ou se ao obsessor que a propunha.
A talagada rolou através da garganta, que se exprimia por dualidade singular.
Ambos os dipsômanos estalaram a língua de prazer, em ação simultânea.
Desmanchou-se a parelha e Cláudio, desembaraçado, se dispunha a sentar, quando o outro colega, que se mantinha a distância, investiu sobre ele e protestou:
«eu também, eu também quero!
Reavivou-se-lhe no ânimo a sugestão que esmorecia..
Absolutamente passivo diante da incitação que o assaltava, reconstituiu, mecanicamente, a impressão de insaciedade.
Bastou isso e o vampiro, sorridente, apossou-se dele, repetindo-se o fenômeno da conjugação completa
."
Sexo e Destino - Alimentação
Moreira, que não mais me assinalava a presença, instalara-se na cadeira de Cláudio e com Cláudio, de tal modo, que, certo, se alimentava tão claramente quanto ele, através de um dos numerosos processos em que se catalogam as ações da osmose fluidica.

Tratamento
Outro caso bastante complexo de solução, pois em corpo astral o viciado sofre mais pela abstinência do que quando encarnado, sua angustia não tem o corpo físico para abrandar o impacto das violentas sensações da falta do elemento viciante.
Para se desligar desse tipo de obsessão é necessária muita força de vontade, pois enquanto existir o vício ali estará o irmão obsessor.
Se os irmãos espirituais desligarem o obsessor e o encarnado continuar com seu vício, então outro obsessor se aproximará. Não tem outra opção além de largar o vício.
É por esse motivo que os procedimentos executados pelos irmãos espirituais são lentos e graduais, pois tem como objetivo a recuperação de todos que estão envolvidos.
Sem dúvida nenhuma a mudança tem que se iniciar no espírito encarnado, para aos poucos influenciar seus obsessores. A partir desse momento os instrutores espirituais podem começar a agir e iniciar todo o processo de recuperação do grupo.
Sem a modificação do encarnado a chance de sucesso é quase nula.
Fumo, álcool, sexo e drogas estão entre os vícios que mais arrastam encarnados e desencarnados para o sofrimento, contudo, não são os únicos, qualquer vício está sujeito à obsessão.
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SALVE DONA MARIA MOLAMBO

SALVE  DONA MARIA MOLAMBO
MINHA AMADA GUARDIÃ E ANJO DA MINHA VIDA!