Obsessão Espiritual III


|Introducao | Obsessão | Brechas Espirituais |Obsessores | Motivação e Classificação |
|Crianças | Sexo | Médiuns |Desencarnados | Suicidas | Obsessor Encarnado | Possessão | Técnicas de Obsessão |
|Tratamento | Umbanda e Espiritismo | Desobsessão no Astral |Perigo das Brincadeiras | Como Evitar |

13. Tratamento da Obsessão

Para o irmão obsediado em estágio avançado a cura parece estar no alto de uma montanha intransponível, a submissão que o verdugo lhe impõe causa desconforto, medo, angustia e privações. Enfraquecido na sua vontade e força interior, poucas opções lhe restam e na maioria das vezes ele deseja a solução imediata.

A primeira informação que deve ser dada a qualquer obsediado é que o desligamento acontece lentamente, ninguém deve informar que indo ao centro uma vez você está curado. Podemos ter uma melhora significativa em alguns casos menos sérios, mas isso não acontece com a grande maioria.

O obsediado pode se fazer de vítima, chorar, falar que sofre, que não agüenta mais, pode dizer o que quiser, mas a pura verdade é que a cura depende mais dele do que qualquer outra pessoa. Somente os que de vontade sincera realizarem a modificação interior poderão chegar até a libertação dos seus verdugos. E se realmente reformarem sua vida conseguirão anular as brechas que permitem a aproximação dos espíritos inferiores.

Mesmo para aqueles que conseguem superar a obsessão é necessário a vigilância constante, o coração deve permanecer integro e a mente controlada, num esforço para não se deixar levar novamente pelas sensações e angustias físicas.

Aqueles que realizarem o tratamento sem nenhuma melhora interior poderão ter algum alívio, mas que será temporário. A obsessão acabará voltando, pois as brechas continuarão "abertas".
Abaixo citamos uma passagem do livro A Gênese, de Allan Kardec, que fala um pouco sobre o tratamento de obsediados.

"Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo, Ora, um fluído mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor. Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo,atuar sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que, entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral. Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela. Mas, ainda não é tudo: para assegurar a libertação da vítima, indispensável se torna que o Espírito perverso levado a renunciar aos seus maus desígnios; que se faça que o arrependimento desponte nele, assim como o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, em evocações particularmente feitas com o objetivo de dar-lhe educação moral."

Vamos comentar agora alguns aspectos importantes no tratamento, citando sempre que possível passagens de livros que reforçam o ensino.

a) Conscientização de que a obsessão não é responsabilidade do obsessor ou de Deus, é SUA!

É importante ressaltar que não estamos falando de CULPA, mas da conscientização e responsabilidade. Não adianta ficar se culpando!!! Jesus nos falava que Deus deseja a morte do Pecado e não do Pecador.

Ao se conscientizar você olha para dentro, verifica os erros cometidos e reflete sobre o que precisa ser trabalhado.

Uma das piores conseqüências da obsessão é a dificuldade que ela impõe ao obsediado de entrar em contato com energias mais sutis, inspiradas pelos guias e protetores, além de todas as energias positivas que circulam em nosso meio.

O obsediado se caracteriza por extrema irritação com o mundo, consigo e com Deus. Nem sempre a sensação é de raiva, podemos ter frustração, decepção, angustia extrema, ansiedade incontrolável, medo, etc. O que importa é que o espírito encontra-se envolto em um campo de energias de baixa vibração, que impedem a interferência e ajuda dos espíritos amigos.

Para clarear um pouco o entendimento podemos comparar o estado vibratório do obsediado ao céu nublado em um dia chuvoso. O sol continua a enviar o calor e a luz, contudo, as nuvens criam barreiras, quanto mais nuvens menos luz e calor. Conforme você retira as nuvens que obscurecem a sua alma o Sol começa a clarear a sua mente e coração.

Quando o obsediado se torna receptivo para receber a ajuda dos amigos espirituais, ele começa a entender que nada mudou, que Deus não o abandonou, simplesmente ele se afastou da luz de tal forma que não era possível receber ajuda. Esse é o primeiro passo rumo à libertação.

É importante ressaltar que até para perceber essa pequena melhora existe a necessidade DE ESFORÇO E VONTADE do paciente, pois não adianta os espíritos derramarem energias salutares sobre uma mente voltada para pensamentos depressivos ou um coração cheio de rancor. A atitude do paciente para receber a ajuda é muito importante.

No livro Missionários da Luz André Luiz nos alerta sobre a importância da conscientização:
"- Em geral, noventa por cento dos casos de obsessão que se verificam na Crosta, constituem problemas dolorosos e intricados. Quase sempre, o obsidiado padece de lastimável cegueira, com relação à própria enfermidade. E, porque não atende ao chamamento da verdade pela cristalização personalista, torna-se presa fácil e inconsciente, embora responsável, de perigosos inimigos das zonas de atividades grosseiras. Comumente, verificam-se casos dessa natureza, em vista de ligações vigorosas e profundas pela afetividade mal dirigida ou pelos detestáveis laços do Ódio que, em todas as circunstâncias, é a confiança desequilibrada convertida em monstro.
...
Esta irmã - disse o orientador - permanece, de fato, no caminho da cura. Percebeu a tempo que a medicação, qualquer que seja, não é tudo no problema da necessária restauração do equilíbrio físico. Já sabe que o socorro de nossa parte representa material que deve ser aproveitado pelo enfermo desejoso de restabelecer-se. Por isso mesmo, desenvolve toda a sua capacidade de resistência, colaborando conosco no interesse próprio. Observe.
Efetivamente, sentindo-se amparada pela nossa extensa rede de vibrações protetoras, a jovem emitia vigoroso fluxo de energias mentais, expelindo todas as idéias malsãs que os desventurados obsessores lhe haviam depositado na mente, absorvendo, em seguida, os pensamentos regeneradores e construtivos que a nossa influenciação lhe oferecia. Aprovando-me o minucioso exame com um gesto significativo, Alexandre tornou a dizer:
- Apenas o doente convertido voluntariamente em médico de si mesmo atinge a cura positiva.
No doloroso quadro das obsessões, o principio é análogo. Se a vítima capitula sem condições, ante o adversário, entrega-se- lhe totalmente e torna-se possessa, após transformar-se em autômato à mercê do perseguidor. Se possuir vontade frágil e indecisa, habitua-se à persistente atuação dos verdugos e vicia-se no circulo de irregularidades de muito difícil corrigenda, porqüanto se converte, aos poucos, em pólos de vigorosa atração mental aos próprios algozes. Em tais casos, nossas atividades de assistência estão quase circunscritas a meros trabalhos de socorro, objetivando resultados longínquos. Quando encontramos, porém, o enfermo interessado na própria cura, valendo-se de nossos recursos para aplicá-los à edificação interna, então podemos prever triunfos imediatos."

b) Força de Vontade – O obsediado deve fazer a sua parte!!!

Não pensem que será fácil de desvencilhar da obsessão, já que por opção própria o irmão se ligou ao obsessor que te conhece muitas vezes melhor que você mesmo.

Poderão ocorrer diversas dificuldades no caminho para a libertação, alguns serão das próprias tendências inferiores e fraquezas do obsediado, outras serão influência daquele que não deseja perder o seu "brinquedo".

Por isso a força de vontade, a coragem, a confiança e a fé serão testadas em vários momentos, e não pensem nisso como um castigo ou maldade de Deus.

O sofrimento imposto ao obsediado trabalha como força bruta a lapidar a sua alma, acordando-o para as verdades celestes. O seu interior se fortalece, saindo muitas vezes da inércia espiritual para um vida cheia de luz em Jesus Cristo.

Muitos trabalhadores da seara do Cristo vieram dos calabouços da obsessão, os seus verdugos chicotearam sem cessar as suas fraquezas, transformando o homem do mundo em Homem de Deus.

Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios só conseguiu entender o que era ser cristão após anos de interiorização, perseguição e flagelações. Depois de "ver" o Cristo ele passou a senti-lo e sua alma se transformou em uma fortaleza de fé inabalável. Nada pode detê-lo em sua obra de divulgação da mensagem de Jesus.

A vitória espiritual sempre espera os que caminham para o Cristo, e os amigos na caminhada são tão importantes quanto os inimigos, porque equilibram a balança. Muitos não conseguiriam entender as Verdades Celestes se só tivessem elogios e abraços. A compreensão e o perdão são exercitados dia a dia com aqueles que nos ferem as fibras mais íntimas e para eles devemos render graças, por nos engrandecerem em Amor e Paz.

No livro Missionários da Luz encontramos um trecho que mostra perfeitamente a importância do esforço pessoal para cura da obsessão:
"...Dos cinco que constituirão o motivo da próxima reunião, apenas uma jovem revela possibilidades de melhoras mais ou menos rápidas. Os demais comparecerão simplesmente para socorro, evitando agravo nas provas necessárias.
Considerando muito interessante a menção especial que se fazia, perguntei:
- Gozará a jovem de proteção diferente?
O instrutor sorriu e esclareceu:
- Não se trata de proteção, mas de esforço próprio. O obsidiado, além de enfermo, representante de outros enfermos, quase sempre é também uma criatura repleta de torturantes problemas espirituais. Se lhe falta vontade firme para a auto-educação, para a disciplina de si mesma, é quase certo que prolongará sua condição dolorosa além da morte. Que acontece a um homem indiferente ao governo do próprio lar? Indubitavelmente será assediado por mil e uma questões, no curso de cada dia, e acabará vencido, convertendo-se em joguete das circunstâncias. Imagine agora que esse homem indiferente esteja cercado de inimigos que ele mesmo criou, adversários que lhe espreitam os menores gestos, tomados de sinistros propósitos, na maioria das vezes... Se não desperta para as realidades da situação, empunhando as armas da resistência e valendo-se do auxilio exterior que lhe é prestado pelos amigos, é razoável que permaneça esmagado. Esta, a definição da maior percentagem dos casos espirituais de que estamos tratando. Não representa, porém, a característica exclusiva das obsessões de ordem geral. Existem igualmente os processos laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação e da sombra, perseveram as situações expiatórias. Em todos os acontecimentos dessa espécie, porém, não se pode prescindir da adesão dos interessados diretos na cura. Se o obsidiado está satisfeito na posição de desequilíbrio, há que esperar o término de sua cegueira, a redução da rebeldia que lhe é própria ou o afastamento da ignorância que lhe oculta a compreensão da verdade. Ante obstáculos dessa natureza, embora sejamos chamados com fervor por aqueles que amam particularmente os enfermos, nada podemos fazer, senão semear o bem para a colheita do futuro, sem qualquer expectativa de proveito imediato.

O instrutor imprimiu ligeiro intervalo à conversação, e, porque visse minha necessidade de esclarecimento, prosseguiu:
- A jovem a que me referi está procurando a restauração das forças psíquicas, por si mesma; tem lutado incessantemente contra as investidas de entidades malignas, mobilizando todos os recursos de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da meditação. Não está esperando o milagre da cura sem esforço e, não obstante terrivelmente perseguida por seres inferiores, vem aproveitando toda espécie de ajuda que os amigos de nosso plano projetam em seu circulo pessoal. A diferença, pois, entre ela e os outros, é a de que, empregando as próprias energias, entrará, embora vagarosamente, em contacto com a nossa corrente auxiliadora, ao passo que os demais continuarão, ao que tudo faz crer, na impassibilidade dos que abandonam voluntariamente a luta edificante."

Do livro A Gênese, de Allan Kardec, retiramos o trecho abaixo, que fala sobre a importância da prece no tratamento.
"O trabalho se torna mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, para ele concorre com a vontade e a prece. Outro tanto não sucede quando, seduzido pelo Espírito que o domina, se ilude com relação às qualidades deste último e se compraz no erro a que é conduzido, porque, então,longe de a secundar, o obsidiado repele toda assistência. É o caso da fascinação, infinitamente mais rebelde sempre, do que a mais violenta subjugação. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIII.)
Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor."


c) Não vincular a cura física a Obsessão. Nem tudo é obsessão.

Nem tudo que acontece na vida é obsessão. Algumas doenças são fraquezas ou desequilíbrios do próprio espírito.

Algumas fatalidades são pedras que devem ser transpassadas.

Alguns erros não vieram de inspiração exterior e sim das TUAS próprias fraquezas morais.

Por isso olhe para você, busque o conhecimento próprio para discernir entre as suas tendências inferiores e a inspiração dos irmãos trevosos.

Quando estiver mais integrado a uma vida digna de amor e harmonia entenderá que eles não podem te fazer mal enquanto caminha com Jesus.

Não podemos afirmar que com o afastamento do obsessor o paciente ficará curado das suas doenças. Em alguns casos isso é possível, contudo, não podemos generalizar.

No livro Missionários da Luz André Luiz chama a atenção para o excesso de otimismo e a promessa de curas com relação a desobsessão:

"Lembrando as conversações ouvidas entre os companheiros encarnados, cooperadores assíduos do esforço de Alexandre e outros instrutores, acrescentei:
- Pelo que me diz, compreendo as dificuldades que envolvem os problemas alusivos à cura; entretanto, recordo-me do otimismo com que nossos amigos comentam a posição dos obsidiados que serão trazidos a tratamento...
O generoso mentor fixou um sorriso paternal e observou:
- Eles, por enquanto, não podem ver senão o ato presente do drama multissecular de cada um. Não ponderam que obsidiado e obsessor são duas almas a chegarem de muito longe, extremamente ligadas nas perturbações que lhes são peculiares. Nossos irmãos na carne procedem acertadamente entregando-se ao trabalho com alegria, porque de todo esforço nobre resulta um bem que fica indestrutível na esfera espiritual; no entanto, deveriam ser comedidos nas promessas de melhoras imediatas, no campo físico, e, de modo algum, deveriam formular julgamento prematuro em cada caso, porqüanto é muito difícil identificar a verdadeira vítima com a visão circunscrita do corpo terrestre. Depois de pequena pausa, continuou:
- Também observei o exagerado otimismo dos companheiros, vendo que alguns deles, mais levianos, chegavam a fazer promessas formais de cura às famílias dos enfermos. Claro que serão enormes os benefícios a serem colhidos pelos doentes; todavia, se devemos estimar o bom ânimo, cumpre-nos desaprovar o entusiasmo desequilibrado e sem rumo."

d) Freqüência a lugares de Alto Padrão Vibratório

A freqüência a lugares com energias positivas e revigorantes são muito importantes para o benefício do obsediado. Templos Religiosos, locais com natureza abundante (matas, cachoeiras, praias, etc), grupos de estudo ou meditação, ioga, etc, são indicados para aqueles que sofrem de desequilíbrio.

Em caso de obsessão os Centros Espíritas e Templos de Umbanda (não aconselho Candomblé e Quimbanda) realizam trabalhos mais ostensivos e por isso o alcance é notado mais rapidamente, porém nada impede que em outras religiões o espírito consiga sua libertação. Como dissemos antes, o mais importante é a mudança interior.

Aqueles que tem medo de espíritos podem ir a centros que realizam desobsessão sem a presença do obsediado (hoje temos muitos que seguem esta linha). Basta você ir ao centro e pedir para que realizem esse trabalho em seu favor. O beneficiado ficará ouvindo palestras edificantes enquanto o corpo mediúnico trabalha em seu favor.

Receber passes em centros espíritas ou templos de umbanda, além de beber a água fluidificada são MUITO importantes para a recuperação. Contudo, a freqüência deve ser constante, o tratamento da obsessão solicita disciplina daquele que deseja ser beneficiado.

Faz parte do Tratamento Espiritual à distância do Grupo PAS (http://www.grupopas.com.br) e do Tratamento Espiritual à Distância da Fraternidade Francisco de Assis - Casa de Bezerra de Menezes (http://www.franciscodeassis.org.br ) a Desobsessão.

Nos dois sites é possível se inscrever pela internet para receber o tratamento. Indicamos essa forma de tratamento para aqueles que não podem ir até um centro ou que ainda não encontraram um lugar com o qual se afinizaram.

Os dois tratamentos à distância se apoiam na modificação interior e REALIZAÇÃO DO EVANGELHO NO LAR. Publiquei um artigo sobre esse tema há algum tempo e basta acessar minha coluna para encontrá-lo.

André Luiz fala sobre a importância da freqüência a templos religiosos para elevação do espírito no livro Nos Domínios da Mediunidade:

"Hilário, que recebia, surpreso, semelhantes informes, perguntou, curioso:
- Que ocorre, porém, quando os encarnados não prestam atenção aos ensinamentos ouvidos?
- Sem dúvida, passam pelos santuários da fé na condição de urnas cerradas. Impermeáveis ao bom aviso, continuam inacessíveis à mudança necessária.
- Mas este mesmo fenômeno se repete nas igrejas de outras confissões religiosas?
- Sim. A palavra desempenha significativo papel nas construções do espírito. Sermões e conferências de sacerdotes e doutrinadores, em variados setores da fé, sempre que inspirados no Infinito Bem, guardam o objetivo da elevação moral.
O Assistente meditou um instante e acrescentou:
- Entre os homens, porém, se não é fácil cultivar a vida digna, é muito difícil habilitar-se a criatura à morte libertadora. Comumente, desencarna-se a alma, sem que se lhe desagarrem os pensamentos, enovelados em situações, pessoas e coisas da Terra. A mente, por isso, continua encarcerada nos interesses quase sempre inferiores do mundo, cristalizada e enfermiça em paisagens inquietantes, criadas por ela mesma. Daí o valor do culto religioso respeitável, formando ambiente propício à ascensão espiritual, com indiscutíveis vantagens, não só para os Espíritos encarnados que a ele assistem, com sinceridade e fervor, mas também para os desencarnados, que aspiram à própria transformação. Todos os santuários, em seus atos públicos, estão repletos de almas necessitadas que a eles comparecem, sem o veículo denso, sequiosas de reconforto. Os expositores da boa palavra podem ser comparados a técnicos eletricistas, desligando , através dos princípios libertadores que distribuem na esfera do pensamento."


e) Paciência, Resignação e Exemplo

A paciência é importantíssima já que a cura da obsessão demanda tempo de tratamento.

Como já falamos a obsessão se instala aos poucos e a sua libertação não poderia seguir um caminho diferente.

A resignação nos fala do entendimento maior, do Amar e Compreender antes de reclamar e exigir.

De nada adianta esperar revoltado ou ser paciente sem nada modificar.

O ponto exato está em esperar, trabalhando o seu interior para que no momento certo ocorra a sua libertação.

Retiramos do livro Missionários da Luz o trecho abaixo que ressalta a importância do exemplo para cura do obsediado:
" - André, o corpo de carne é como se fora um violino entregue ao artista, que, nesse caso, é o Espírito reencarnado. Torna-se indispensável preservar o instrumento dos animálculos destruidores e defendê-los contra ladrões. Observou a jovem que tudo faz por guardar-se do mal? Tem estado a cair sob os golpes dos perseguidores que lhe assediam impiedosamente o coração. Entretanto, como alguém que atravessa longa e perigosa senda sobre o abismo, confiante em Deus, ela tem recorrido à prece, incessantemente, estudando a si mesma e mobilizando as possibilidades de que dispõe para não perturbar a ordem dentro dela própria. Na tentação de que é vitima, tem essa irmã a provação que a redime. Ela, porém, com o heroísmo silencioso de seu trabalho, tem esclarecido os próprios perseguidores, compelindo-os à meditação e à disciplina. Segundo vê, essa lutadora sabe preservar o instrumento que lhe foi confiado e, convertida em doutrinadora dos verdugos, pelo exemplo de resistência ao mal, transforma os inimigos, iluminando a si mesma. Ante a colaboração dessa natureza, temos o problema da cura altamente facilitado. Não se verifícará, porém, o mesmo com aqueles que não se acautelam com a defesa do instrumento corporal. Entregue aos malfeitores, o violino simbólico a que nos referimos pode permanecer semidestruído. E, ainda que seja restituído ao legitimo possuidor, não pode atender ao trabalho da harmonia, com a mesma exatidão de outro tempo. Um Stradivarius pode ser autêntico, mas não se fará sentir com as cordas rebentadas. Como vemos, os casos de obsessão apresentam complexidades naturais e, na solução deles, não podemos prescindir do concurso direto dos interessados."



Reuniões Mediúnicas de Caridade ou Desobsessão

As Reuniões de Caridade ou de Desobsessão são realizadas por centros Espíritas e templos de Umbanda para o auxílio de obsediados e obsessores.

A espiritualidade considera o obsessor tão doente e necessitado quanto o obsediado, ambos devem ser amparados para modificarem o seu caminho.

Há diferenças entre a desobsessão realizada na Umbanda e no Espiritismo, abordaremos isso em breve, contudo, existem certos pontos semelhantes nas reuniões, que explicaremos a seguir.

Ambos são protegidos por um campo energético positivo (egrégora) além de serem guardados por espíritos protetores (que possuem meios de afastar qualquer tipo de obsessor ou legiões de obsessores), por isso, quando um obsediado entra em um dos dois locais ele já recebe a primeira ajuda, que é o afastamento temporário do(s) obsessor(es). Ficando "menos pesado" para ouvir as palestras e receber o passe.

Sobre a proteção dos centros retiramos os seguintes trechos do livro Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, escrito por Chico Xavier:

"Atendendo às recomendações do supervisor, os guardas admitiram a passagem de uma entidade evidentemente aloucada, que atravessou, de chofre, as linhas vibratórias de contenção...
...
Vigilantes de nosso plano estendiam-se, atenciosos, impedindo o acesso de Espíritos impenitentes ou escarnecedores.
Variados grupos de pessoas ganhavam ingresso à intimidade da casa, mas no pórtico experimentavam a separação de certos Espíritos que as seguiam, Espíritos que não eram simples curiosos ou sofredores, mas blasfemadores e remitentes no mal."

Geralmente os pacientes ouvem uma ou mais palestras antes de participarem do tratamento de desobsessão. O motivo para essa conduta é preparar o obsessor e obsediado.

O preparo do obsessor é realizado através de conversas com trabalhadores espirituais e da freqüência às palestras, onde além de amparado ele é instruído sobre as verdades celestes.

O preparo do obsediado se dá através do passe que revitaliza, da palestra que instrui e da verdade que liberta. O preparo é um impulso onde cabe ao solicitante fazer a sua parte para continuar o processo de mudança, modificando sua conduta e se instruindo nos conhecimentos espirituais.

Diferente do que muitos pensam, não basta realizar a desobsessão, é preciso passar conhecimentos e incentivar a mudança daqueles que estão envolvidos.

A reunião de desobsessão pode ser privada (somente os médiuns) ou pública. Hoje em dia são muito comuns as reuniões privadas, que evitam o"medo" dos pacientes.

Algumas pessoas que conheci nunca mais voltaram ao centro depois que ouviram o obsessor ser doutrinado. Eu particularmente sou adepto da linha que evita a presença dos obsediados, na minha opinião somente pessoas preparadas devem participar de uma desobsessão.

André Luiz nos fala mais um pouco sobre o objetivo das reuniões de desobsessão no livro Missionários da Luz:
"- Porque a doutrinação em ambiente dos encarnados? - indaguei. - Semelhante medida é uma imposição no trabalho desse teor?
- Não - explicou o instrutor -, não é um recurso imprescindível. Temos variados agrupamentos de servidores do nosso plano, dedicados exclusivamente a esse gênero de auxílio. As atividades de regeneração em nossa colônia estão repletas de institutos consagrados à caridade fraternal, no setor de iluminação dos transviados. Os postos de socorro e as organizações de emergência, nos diversos departamentos de nossas esferas de ação, contam com avançados núcleos de serviço da mesma ordem. Em determinados casos, porém, a cooperação do magnetismo humano pode influir mais intensamente, em beneficio dos necessitados que se encontrem cativos das zonas de sensação, na crosta do Mundo. Mesmo aí, contudo, a colaboração dos amigos terrenos, embora seja apreciável, não constitui fator absoluto e imprescindível; mas, quando é possível e útil, valemo-nos do concurso de médiuns e doutrinadores humanos, não só para facilitar a solução desejada, senão também para proporcionar ensinamentos vivos aos companheiros envolvidos na carne, despertando-lhes o coração para a espiritualidade.
O mentor fixou um sorriso e prosseguiu:
- Ajudando as entidades em desequilíbrio, ajudarão a si mesmos; doutrinando, acabarão igualmente doutrinados."

Geralmente temos quatro tipos de participantes em reuniões de desobsessão:

• Dirigente da Reunião - Membro mais experiente, ele é responsável por conduzir a reunião, toma decisões importantes e fica atento a qualquer "problema” com os seus médiuns. Quando médiuns novos são incorporados ao grupo ele é responsável por ajudar no "afinamento" da ligação entre o médium, seu mentor e espíritos necessitados.

• Médium de Caridade – É o médium que recebe a ligação (psicofônica) do espírito obsessor. Ele tem um papel importantíssimo na reunião porque deve controlar o espírito que se liga para que não tome as rédeas e faça aquilo que desejar. Lembrem-se que o obsessor muitas vezes se encontra totalmente desequilibrado. O médium de caridade expressa as palavras do espírito comunicante, mas de uma forma mais respeitosa e controlada do que ele faria se não estivesse ligado ao médium. A importância da conduta do médium está aí, ele precisa ter ascendência moral e espiritual sobre o obsessor para que esse não use e abuse do seu instrumento.
No livro Nos Domínios da Mediunidade André Luiz nos traz um ótimo exemplo da função e responsabilidade do médium de caridade.

"Nesse ínterim, os condutores, obedecendo às determinacões de Clementino, localizaram o sofredor ao lado de Dona Eugênia.
O mentor da casa aproximou-se dela e aplicou-lhe forças magnéticas sobre o córtex cerebral, depois de arrojar vários feixes de raios luminosos sobre extensa região da glote.
Notamos que Eugênia-alma afastou-se do corpo, mantendo-se junto dele, a distância de alguns centímetros, enquanto que, amparado pelos amigos que o assistiam, o visitante sentava-se rente, inclinando-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justapunha, à maneira de alguém a debruçar-se numa janela.
Ante o quadro, recordei as operações do mundo vegetal, em que uma planta se desenvolve à custa de outra, e compreendi que aquela associação poderia ser comparada a sutil processo de enxertia neuropsíquica.
Suspiros de alívio desprenderam-se do tórax mediúnico que, por instantes, se mostrara algo agitado.
Observei que leves fios brilhantes ligavam a fronte de Eugênia, desligada do veículo físico, ao cérebro da entidade comunicante.
Porque eu lhe dirigisse um olhar de interrogação e estranheza, Áulus explicou, prestimoso:
— É o fenômeno da psicofonia consciente ou trabalho dos médiuns falantes. Embora senhoreando as forças de Eugênia, o hóspede enfermo do nosso plano permanece controlado por ela, a quem se imana pela corrente nervosa, através da qual estará nossa irmã informada de todas as palavras que ele mentalize e pretenda dizer. Efetivamente apossa-se ele temporariamente do órgão vocal de nossa amiga, apropriando-se de seu mundo sensório, conseguindo enxergar, ouvir e raciocinar com algum equilíbrio, por intermédio das energias dela, mas Eugênia comanda, firme, as rédeas da própria vontade, agindo qual se fosse enfermeira concordando com os caprichos de um doente, no objetivo de auxiliá-lo. Esse capricho, porém, deve ser limitado, porque, consciente de todas as intenções do companheiro infortunado a quem empresta o seu carro físico, nossa amiga reserva-se o direito de corrigi-lo em qualquer inconveniência. Pela corrente nervosa, conhecer-lhe-á as palavras na formação, apreciando-as previamente, de vez que os impulsos mentais dele lhe percutem sobre o pensamento sarnento como verdadeiras marteladas. Pode, assim, frustrar-lhe qualquer abuso, fiscalizando-lhe os propósitos e expressões, porque se trata de uma entidade que lhe é inferior, pela perturbação e pelo sofrimento em que se encontra, e a cujo nível não deve arremessar-se, se quiser ser-lhe útil, O Espírito em turvação é um alienado mental, requisitando auxilio. Nas sessões de caridade, qual a que presenciamos, o primeiro socorrista é o médium que o recebe, mas, se esse socorrista cai no padrão vibratório do necessitado que lhe roga serviço, há pouca esperança no amparo eficiente. O médium, pois, quando integrado nas responsabilidades que esposa, tem o dever de colaborar na preservação da ordem e da respeitabilidade na obra de assistência aos desencarnados, permitindo-lhes a livre manifestação apenas até o ponto em que essa manifestação não colida com a harmonia necessária ao conjunto e com a dignidade imprescindível ao recinto.
— Então — alegou Hilário —, nesses trabalhos, o médium nunca se mantém a longa distância do corpo...
Sim, sempre que o esforço se refira a entidades em desajuste, o medianeiro não deve ausentar-se demasiado. -. Com um demente em casa, o afastamento é perigoso, mas se nosso lar está custodiado por amigos cônscios de si, podemos excursionar até muito longe, porqüanto o nosso domicílio demorar-se-á guardado com segurança. No concurso aos irmãos desequilibrados, nossa presença é imperativo dos mais lógicos."

Devido aos desgastes sofridos pelos médiuns que se ligam aos espíritos sofredores, não é aconselhável a participação em mais do que 2 reuniões semanais, sobre esse tema retiramos o seguinte texto do livro Técnicas da Mediunidade, de Carlos Torres Pastorino:

"- Por tudo isso, compreendemos que os médiuns não podem trabalhar durante muito tempo seguido. Sendo o trabalho mediúnico todo feito através do sistema nervoso, há grande desgaste tanto dos corpúsculos de Nissl quanto das sinapses. Essa a razão também de os médiuns, em muitos casos, saírem das sessões com forte sensação de cansaço e até de esgotamento, necessitando de alimentação e repouso. Por isso também os obsidiados, e sobretudo os que sofrem de possessão permanente, emagrecem e caem em prostração e estafa nervosa, sendo necessário tratamento médico e, quando gravemente atingidos, até de sonoterapia. Em vista disso, os médiuns não devem trabalhar senão uma ou, no máximo, duas vezes por semana, em sessões de desobsessão: a recuperação tem que ser total, antes de ser-lhes solicitado outro esforço básico e esgotante".

• Doutrinador – Responsável por ajudar o obsessor. Ele conversa com o espírito através do médium de caridade. O médium doutrinador deve estar ciente do exemplo que deve dar através de uma vida digna e respeitosa para que suas palavras sejam condizentes com seus sentimentos e pensamentos. Em alguns lugares o médium Doutrinador se liga aos mentores, realizando a desobsessão através da psicofonia.

Se o Doutrinador estiver com o coração aberto as inspirações divinas ele receberá a inspiração dos amigos espirituais. Muitos médiuns relatam que falam sob grande inspiração nas reuniões de desobsessão.

André Luiz nos fala um pouco sobre o Doutrinador no livro Missionários da Luz:

"Estamos aqui numa escola espiritual. O doutrinador humano encarrega-se de transmitir as lições. Você pode registrar, porém, que, para ensinar com êxito, não basta conhecer as matérias do aprendizado e ministrá-las. Antes de tudo, é preciso senti-las e viver-lhes a substancialidade no coração. O homem que apregoa o bem deve praticá-lo, se não deseja que as suas palavras sejam carregadas pelo vento, como simples eco dum tambor vazio. O companheiro que ensina a virtude, vivendo-lhe as grandezas em si mesmo, tem o verbo carregado de magnetismo positivo, estabelecendo edificações espirituais nas almas que o ouvem. Sem essa característica, a doutrinação, quase sempre, é vã."

• Médiuns de Passe – A reunião de desobsessão demanda muita energia por parte dos médiuns, principalmente os que realizam a ligação com os obsessores, por isso em alguns lugares são utilizados médiuns passistas para auxiliar na revitalização dos médiuns de caridade.




Dentro do Templo

A espiritualidade possui lugares específicos para que os obsessores recebam auxilio e que assistam as palestras nos templos, no entanto, somente podem entrar aqueles que apresentam a condição mínima para obter algum proveito. Os obsessores que ainda não podem ser auxiliados são barrados na porta e ficam esperando pelas vítimas do lado de fora. É por esse motivo que muitos falam que quando estão no centro não pensam coisas ruins ou se sentem muito bem e quando pisam do lado de fora tudo anda para trás.

Sobre essa tema André Luiz nos traz uma excelente reflexão no livro Nos Domínios da Mediunidade:

"Logo após, um colaborador de nosso plano franqueou acesso a numerosas entidades sofredoras e perturbadas, que se postaram, diante da assembléia, formando legião.
Nenhuma delas vinha até nós, constrangidamente.
Dir-se-ia que se aglomeravam, em derredor dos amigos encarnados em prece, quais mariposas Inconscientes, rodeando grande luz..
Vinham bulhentas, proferindo frases desconexas ou exclamações menos edificantes, entretanto, logo que atingidas pelas emanações espirituais do grupo, emudeciam de pronto, qual se fossem contidas por forças que elas próprias não conseguiam perceber.
Atencioso, Aulus notificou:
— São almas em turvação mental, que acompanham parentes, amigos ou desafetos às reuniões públicas da Instituição, e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas idéias salvadoras, expressas na palavra dos que veiculam o ensinamento doutrinário. Modificado o centro mental daqueles que habitualmente vampirizam, essas entidades vêem-se como que despejadas de casa, porqüanto, alterada a elaboração do pensamento naqueles a quem se afeiçoam, experimentam súbitas reviravoltas nas posições em que falsamente se equilibram. Algumas delas, rebeladas, fogem dos templos de oração como este, detestando-lhes temporariamente os serviços e armando novas perseguições às suas vítimas, que procuram até o reencontro; contudo, outras, de algum modo tocadas pelas lições ouvidas, demoram-se no local das predicações, em ansiosa expectativa, famintas de maior esclarecimento."

Há casos de obsessão tão forte que a ligação do obsessor continua mesmo após a separação, sendo porém menos intensa que antes, a vítima não consegue se sentir totalmente livre do algoz. É por esse motivo que alguns sentem sonolência ou ficam fazendo "piadinhas" durante a reunião, essa técnica é utilizada pelo obsessor para que sua vítima não assimile os ensinamentos da palestra, não entrando em sintonia com o ambiente.

No livro Nos Domínios da Mediunidade André Luiz chama essa ligação de Fusão Magnética, como esclarece o texto a seguir:

"Conjugando nosso esforço, separamos, de alguma sorte, o algoz da vitima, conquanto, segundo apontamento de nosso orientador, continuassem unidos pela fusão magnética, mesmo a distância.
Companheiros de nossa esfera retiraram o Espírito obsidente, encaminhando-o a certa organização socorrista.
Ainda assim, a doente gritava, afirmando estar à frente de medonho estrangulador em vias de sufocá-la.
Aplicando-lhe passes de reconforto, Áulus esclareceu:
— Agora é apenas o fenômeno alucinatório, natural em processos de fascinação como este. Perseguidor e perseguida jazem na mais estreita ligação telepática, agindo e reagindo mentalmente um sobre o outro.
Gradativamente, a enferma acalmou-se.
Finda a crise, perguntei ao nosso orientador sobre o remédio definitivo à dolorosa situação, ao que respondeu com grave entono:
— A doente está sendo preparada, tendo-se em vista uma solução justa para o caso. Ela e o verdugo, em breve, serão mãe e filho. Não há outra alternativa na obtenção do trabalho redentor. Energias divinas do amor puro serão mais profundamente tocadas em sua sensibilidade de mulher e nossa irmã praticará o santo heroismo de acolhê-lo no próprio seio..."

Nem todos os obsessores precisam "se ligar" (psicofonia) a um médium para que larguem o obsediado.

Nem todos os obsessores largam suas vítimas só porque ele entrou no centro e assistiu uma palestra.

Nem todo obsessor larga o obsediado porque conversou com um Doutrinador.

Não existem regras para que a reunião de caridade tenha sucesso. Na verdade conheço só uma: Amor e Perdão, essa é a única regra para que obsessores e obsediados encontrem a liberdade.

Existem obsediados se comprazem da ligação com o obsessor e quando entram no templo percebem inconscientemente que alguma coisa está faltando e acabam entrando em crise. É muito triste esse quadro, porém é real, como relata André Luiz no livro Missionários da Luz:

"Todo o perigo desses trabalhos está na ausência de preparo dos nossos amigos da Crosta, os quais, na maioria das vezes, alegando impositivos científicos, se furtam a comezinhos princípios de elevação moral. Quando não se verifica o devido cuidado por parte deles, o fracasso pode assumir características terríveis, porque os irmãos que estabelecem as fronteiras vibratórias, no exterior do recinto, não podem impedir a entrada das entidades inferiores, absolutamente integradas com as suas vítimas terrenas. Há obsidiados que se sentem tão bem na companhia dos perseguidores, que imitam as mães terrestres agarradas aos filhos pequeninos, penetrando recintos consagrados a certos serviços, com que não se compadece ainda o espírito infantil. Quando os amigos menos avisados ingressam na tarefa em tais condições, as ameaças são verdadeiramente inquietantes."




Água Fluidificada e Passe

A água é ótimo veículo para transmitir as energias espirituais, sejam elas benéficas ou enfermiças. Altamente receptiva, a água quando fluidificada por médiuns que seguem os ensinamentos cristãos possui o poder de curar e revitalizar.

O Passe é uma doação energética de fluidos físicos e espirituais, que sob a ação de médiuns voluntariosos tem o poder de vitalizar e curar. Jesus, apóstolos e seguidores do cristianismo curaram muitas pessoas através da imposição das mãos.

O obsediado encontra-se enfraquecido e desequilibrado, por isso a transfusão energética é muito importante para lhe dar ânimo e bem estar, estimulando sua renovação.

No livro Mediunidade de Cura Ramatís nos fala sobre a água fluidificada:

"A água é elmento energético e ótimo veículo para transmitir fluidos benéficos ao organismo humano. Ela é sensível aos princípios radioativos emanados do Sol e também ao magnetismo áurico do perispírito humano."

Emmanuel também nos fala sobre a água fluidificada:

" A água é um dos elementos mais receptivos da Terra e no qual a medicação do Céu pode ser impressa através de recursos substanciais de assistência ao corpo e a alma....
A água recebe-nos a influenciação ativa de força magnética e princípios terapêuticos que aliviam e sustentam, que ajudam e curam."

No livro Nos Domínios da Mediunidade André Luiz mostra a magnetização da água e seus benefícios:

"Pequeno cântaro de vidro, com água pura, foi trazido à mesa.
E porque Hilário perguntasse se iríamos assistir a alguma cerimônia especial, o Assistente explicou, afável:
- Não, nada disso. A água potável destina-se a ser fluidificada. O líquido simples receberá recursos magnéticos de subido valor para o equilíbrio psicofísico dos circunstantes.
Com efeito, mal acabávamos de ouvir o apontamento, Clementino se abeirou do vaso e, de pensamento em prece, aos poucos se nos revelou coroado de luz.
Daí a instantes, de sua destra espalmada sobre o jarro, partículas radiosas eram projetadas sobre o líquido cristalino que as absorvia de maneira total.
- Por intermédio da água fluidificada – continuou Áulus -, precioso esforço de medicação pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no veículo espiritual a se estamparem no corpo físico, que somente a intervenção magnética consegue aliviar, até que os interessados se disponham á própria cura."

É importante lembrar porém que a receptividade do obsediado é de extrema importância para receber os benefícios da doação energética. Se o paciente não se colocar na postura de receber ele não conseguirá se beneficiar completamente do auxílio ministrado. Sobre esse tema André Luiz traz um ótimo exemplo no livro Nos Domínios da Mediunidade:

"Obsidiados ganhavam ingresso no recinto, acompanhados de frios verdugos, no entanto, com
o toque dos médiuns sobre a região cortical, depressa se desligavam, postando-se, porém, nas vizinhanças, como que à espera das vítimas, com a maioria das quais se reacomodavam, de pronto. Alinhando apontamentos, começamos a reparar que alguns enfermos não alcançavam a mais leve melhoria.
As irradiações magnéticas não lhes penetravam o veículo orgânico.
Registrando o fenômeno, a pergunta de Hilário não se fez esperar.
— Por quê?
— Falta-lhes o estado de confiança — esclareceu o orientador.
— Será, então, indispensável a fé para que registrem o socorro de que necessitam?
— Ah! sim. Em fotografia precisamos da chapa impressionável para deter a imagem, tanto quanto em eletricidade carecemos do fio sensível para a transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa “tensão favorável”. Essa tensão decorre da fé. Certo, não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira da ignorância, mas sim à atitude de segurança íntima, com reverência e submissão, diante das Leis Divinas, em cuja sabedoria e amor procuramos arrimo. Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas do gelo sobre o templo da alma.
A lição fora simples e bela.
Hilário calou-se, talvez para refletir sobre ela, em silêncio.
Sem descurar dos nossos objetivos de estudo, Aulus considerou a conveniência de nosso contacto direto com o serviço em ação. Seria interessante para nós a auscultação de algum dos casos em foco.
Para isso, aproximou-se de idosa matrona que acabava de entrar, à cata de auxilio e, com permissão de Conrado, convidou-nos a examiná-la com cuidado possível.
A senhora, aguardando o concurso de Clara, sustentava-se dificilmente de pé, com o ventre volumoso e o semblante dolorido.
— Observem o fígado!
Utilizamo-nos dos recursos ao nosso alcance passamos a analisar.
Realmente, o órgão mencionado demonstrava a dilatação característica das pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca. As células hepáticas pareceram-me vasta colmeia, trabalhando sob enorme perturbação. A vesícula congestionada impeliu-me a imediata inspecção do intestino. A bile comprimida atingira os vasos e assaltava o sangue. O colédoco interdito facilitava o diagnóstico. Ligeiro exame da conjuntiva ocular confirmava-me a impressão.
A icterícia mostrava-se insofismável.
Após ouvir-me, Conrado reafirmou:
— Sim, é uma icterícia complicada. Nasceu de terrível acesso de cólera, em que nossa amiga se envolveu no reduto doméstico. Rendendo-se, desarvorada, à irritação, adquiriu renitente hepatite, da qual a icterícia é a conseqüência.
— E como será socorrida?
Conrado, impondo a destra sobre a fronte da médium, comunicou-lhe radiosa corrente de forças e inspirou-a a movimentar as mãos sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo.
Notamos que o córtex encefálico se revestiu de substância luminosa que, descendo em fios tenuíssimos, alcançou o campo visceral.
A senhora exibiu inequívoca expressão de alívio, na expressão fisionômica, retirando-se visívelmente satisfeita, depois de prometer que voltaria ao tratamento.
Hilário fixou os olhos interrogadores no Assistente que nos acompanhava, solícito, e indagou:
— Nossa irmã estará curada?
— Isso é impossível — acentuou Áulus, paternal —; temos aí órgãos e vasos comprometidos. O tempo não pode ser desprezado na solução.
— E em que bases se articula semelhante processo de curar?
— O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. Vocês sabem que na própria ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando os princípios subatômicos, e que, antes desses princípios, surge a vida mental determinante... Tudo é espírito no santuário da Natureza. Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam.
— E pode, acaso, ser dispensado a distância?
— Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe. Nesse caso, diversos companheiros espirituais se ajustam no trabalho do auxílio, favorecendo a realização, e a prece silenciosa será o melhor veículo da força curadora."




Desligamento do Obsessor

Muitas vezes desconhecemos os motivos da obsessão que hoje aparece sob os nossos olhos, às vezes a ligação espiritual se arrasta por vidas consecutivas, onde verdugos se transformam em vítimas e vítimas se tornam algozes.

Por isso a postura do médium deve ser imparcial, não podemos julgar ou criticar.

Dependendo do caso em questão o obsessor não pode ser separado da vítima, com sérios riscos a integridade do obsediado. Por isso a espiritualidade trabalha para no momento certo realizar a separação e harmonização entre os envolvidos.
Temos vários trechos que explicam de maneira clara o problema, todos foram retirados da série de André Luiz, escrita por Chico Xavier:

Nos Domínios da Mediunidade

" Ao passo que a doente gemia de estranho modo, amparada pelo esposo e por Raul, que se esmerava no auxílio, Hilário, espantado, indagou:
— Tão doloroso fenômeno é comum?
— Muito generalizado nos processos expiatórios em que os Espíritos acumpliciados na delinqUência descambam para a esfera vibratória dos brutos — esclareceu nosso orientador, coadjuvando em benefício da enferma, cujo cérebro prosseguia governado pelo insensível perseguidor como brinquedo em mãos de criança.
— E por que não separar de vez o algoz da vítima?
— Calma, Hilário! — ponderou o Assistente. Ainda não examinamos o assunto em sua estrutura básica. Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade. Recordemos o ensinamento de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não há dor sem razão. Atendamos, assim, à lei da cooperação, sem o propósito de nos anteciparmos à Justiça Divina."


Entre o Céu e a Terra

"Hilário e eu, instintivamente abeiramo-nos de Odila para afastá-la com a presteza Possível, mas o instrutor generoso deteve-nos com um gesto, advertindo:
— A violência não ajuda. As duas se encontram ligadas uma a outra. Separá-las à força seria a dilaceração de consequências imprevisíveis. A exasperação da mulher desencarnada pesaria demasiado sobre os centros cerebrais de Zulmira e a lipotimia poderia acarretar a paralisia ou mesmo a morte do corpo.
— Mas, então — clamou Hilário, contrafeito —, como extinguir essa união indébita? Não será justo afastar o algoz da vítima?
Clarêncio sorriu e ponderou:
— Aqui, o quadro é diverso. Na esfera carnal, a cápsula física é precioso isolante das energias desequilibradas de nossa mente, entretanto, em nosso plano de ação, no problema que observamos, essas forças desbordam ameaçadoras sobre a infortunada mulher, cujo corpo pode ser comparado a uma lâmpada de fraca receptividade, sobre a qual seria perigoso arremessar uma corrente superior à capacidade de resistência a que se enquadra. A inutilização seria completa.
— Que poderíamos fazer? — indagou Hilário, desapontado.
— Precisamos atuar na elaboração dos pensamentos da infortunada irmã que tomou a iniciativa da perseguição. É imprescindível dar outro rumo à vontade dela, deslocando-lhe o centro mental e conferindo-lhe outros interesses e diferentes aspirações.
— E não podemos começar, exortando-a?
O Ministro, sereno, obtemperou sem alterar-se:
— Talvez, assim de momento, não pudéssemos ou não soubéssemos. A preparação é indispensável."

Sexo e Destino

"Não merecerá, porventura, fraterna demonstração de caridade, a fim de livrar-se de tão temíveis obsessores?
Félix sorriu francamente bem-humorado e ex-plicou:
— «Temíveis obsessores» é a definição que você dá. — E avançou: — Cláudio
desfruta excelente saúde física. Cérebro claro, raciocínio seguro. É inteligente,
maduro, experimentado.
Não carrega inibições corpóreas que o recomendem a cuidados especiais.
Sabe o que quer.
Possui materialmente o que deseja. Permanece no tipo de vida que procura. É
natural que esteja respirando a influência das companhias que julgue aceitáveis.
Retém liberdade ampla e valiosos recursos de instrução e discernimento para
juntar-se aos missionários do bem que operam entre os homens, assegurando
edificação e felicidade a si mesmo. Se elege para comensais da própria casa os
companheiros que acabamos de ver, é assunto dele. Enquanto nos arrastávamos,
tolhidos pela carne, não nos ocorreria a idéia de expulsar da residência alheia as
pessoas que não se harmonizassem conosco. Agora, vendo o mundo e as coisas
do mundo, de mais alto, não será cabível modificar semelhante modo de proceder.
O tema desdobrava-se, assumindo aspectos novos.
Curioso, interferi:
— Mas, irmão Félix, é importante convir que Cláudio, liberto, poderia ser mais
digno...
— Isso é perfeitamente lógico — confirmou. Ninguém nega.
— E por que não dissipar de vez os laços que o prendem aos malandros que o
exploram?
O alto raciocínio da Espiritualidade superior jorrou, pronto:
— Cláudio certamente não lhes empresta o conceito de vagabundos. Para ele,
são sócios estimáveis, amigos caros. Por outro lado, ainda não investigamos a
causa da ligação entre eles para cunhar opiniões extremadas. As circunstâncias podem ser saudáveis ou enfermiças como as pessoas, e, para tratarmos um doente com segurança, há que analisar as raízes do mal e confirmar os sintomas, aplicar medicação e estudar efeitos. Aqui, vemos um problema pela rama. Quando terá nascido a comunhão do trio? Os vínculos serão de agora ou de existências
passadas? Nada legitimaria um ato de violência da nossa parte, com o intuito de
separá-los, a titulo de socorro. Isso seria o mesmo que apartar os pais generosos
dos filhos ingratos ou os cônjuges nobres dos esposos ou das esposas de condição inferior, sob o pretexto de assegurar limpeza e bondade nos processos da evolução.
A responsabilidade tem o tamanho do conhecimento. Não dispomos de meios
precisos para impedir que um amigo se onere em dívidas escabrosas ou se despenque em desatinos deploráveis, conquanto nos seja lícito dispensar-lhe o auxílio possível, a fim de que se acautele contra o perigo no tempo viável, sendo de notar-se que as autoridades superiores da Espiritualidade chegam a suscitar medidas especiais que impõem aflições e dores de importância aparente a determinadas pessoas, com o objetivo de livrá-las da queda em desastres morais iminentes, quando mereçam esse amparo de exceção. Na Terra, a exata justiça apenas cerceia as manifestações de alguém, quando esse alguém compromete o equilíbrio e a segurança dos outros, na área de responsabilidade que a vida lhe demarca, deixando a cada um a regalia de agir como melhor lhe pareça. Adotaremos princípios que valham menos, perante as normas que afiançam a harmonia entre os homens?"



Desligamento por Mudança Vibratória do Obsediado

Sexo e Destino

"O genitor escutava-os, ralado de angústia. Daria o que tivesse para traduzir
aqueles vagidos de criança inconsciente... Conjeturou, porém, que eles exprimiam
padecimentos físicos inenarráveis e agoniou-se em choro convulsivo. O exvampirizador,
transfigurado em servo diligente, ergueu-se, presto, e veio abraçá-lo,
no intuito de propiciar-lhe reconforto, mas notei que os dois amigos jaziam, agora,
perto e longe um do outro. Juntos por fora e distantes por dentro. Ombros unidos e
pensamentos opostos. Moreira fora atingido pelos acontecimentos, mas não tanto.
Patenteava enorme afeição por Marita, lutava por ela, mas, no fundo, não escondia
o propósito de seguir controlando Cláudio, no resguardo de seu próprio interesse.
Identificando o parceiro tocado no coração pelos sentimentos edificantes que a
leitura lhe sugerira, revelava o desapontamento semelhante ao de um pianista que
surpreendesse o instrumento favorito com as teclas mudas.
Alarmado, desfechou-me perguntas. Sosseguei-o, afirmando que o cérebro de
Nogueira se anulava, naquele instante, por arrasadoras comoções; entanto, no
íntimo, certificara-me de que ele havia dado um passo adiante e de que o companheiro
menos feliz deveria elevar-se no mesmo diapasão para desfrutar-lhe a
convivência, se não quisesse perder-lhe a companhia."

Existem casos onde é necessário afastar o obsessor contra a sua vontade, isso é utilizado como última opção. No livro Sexo e Obsessão, escrito por Divaldo Pereira Franco, através do espírito Manoel P. de Miranda encontramos a seguinte passagem:

"Considerando-se que o amigo espiritual atendido não estava interessado na própria renovação, trazê-lo a contragosto a esta reunião de esclarecimento e de libertação, não incidiria em violência contra o seu livre-arbitrio?
Com paciência e sabedoria o interrogado esclareceu-me:
- O livre arbítrio é concessão divina que tem caráter relativo, não podendo se facultado sem responsabilidade por aqule que o utiliza. No caso em tela, a fim de auxiliarmos Mauro, que necessita de recuperar-se dos maes praticados, somos convidados a contribuir em favor de todos aqqueles que se encontram enredados nas teias dos problemas desencadeados pla insânia dele. E porque o mal que Jean-Michel – este é o nome que teve na reencarnação anterior- persiste em preservar, arrastando o seu inimigo e a si mesmo desvairando, não pode permanecer indefinidamente, o nosso ato é de misericórdia e de compaixão, não constituindo violência, porque o seu discernimento encontra-se obliterado pela paixão alucinada. Qual ocorre com crianças e jovens, ou mesmo com adultos sem amadurecimento psicológico e moral, determinadas decisões não necessitam de passar-lhes pelo crivo da opinião, porque destituído de discernimento não saberiam o que ou como fazer. Não poucas vezes, determinados tratamentos cirúrgicos e psiquiátricos são decididos pela família do paciente, mesmo que sem o seu consentimento, a fim de salvar-lhe a existência. A responsabilidade é o melhor aval para a utilização do livre-arbítrio, mas que ainda falta a muitos espíritos durante o seu atual processo de evolução"



O tempo para curar a Obsessão

Retiramos do livro Missionários da Luz as passagens que explicam a necessidade do tempo e paciência para a cura da obsessão.

"- Por este motivo, André, ainda mesmo para o psiquiatra esclarecido à luz do Espiritismo cristão, a maioria dos casos desta ordem é francamente desconcertante. Em virtude dos ascendentes sentimentais, cada problema destes exige solução diferente. Além disso, importa notar que os nossos companheiros encarnados observam somente uma face da questão, quando cada processo desse teor se caracteriza por aspectos infinitos, com vistas ao passado dos protagonistas encarnados e desencarnados. Diante do obsidiado, fixam apenas um imperativo imediato - o afastamento do obsessor. Mas, como rebentar, de um instante para outro, algemas seculares, forjadas nos compromissos recíprocos da vida em comum? Como separar seres que se agarram uns aos outros, ansiosamente, por compreenderem que na dor de semelhante união permanece o preço do resgate indispensável? Efetivamente, não faltam os casos, raros embora, de libertação quase instantânea. Ai, porém, vemos o fim de laborioso processo redentor, ou então encontramos o doente que, de fato, faz violência a si mesmo, a fim de abreviar a cura necessária.
Examinando a extensão dos obstáculos ao restabelecimento completo dos enfermos psíquicos, considerei:
- Depreende-se então que...

Alexandre, porém, não me deixou terminar. Cortando-me a frase inoportuna, respondeu:
- Já sei o que vai dizer. Verificando as dificuldades que relaciono para o seu aprendizado natural, você pergunta se não será infrutífero o nosso trabalho e se não será melhor entregar o obsidiado à própria sorte. Esta observação, contudo, é um contra-senso. Se você estivesse na Terra, ainda na carne, e visse um filho amado, em condições pré-agônicas, totalmente desenganado pela medicina humana, teria coragem de abandoná-lo ao sabor das circunstâncias? Não confiaria nalgum recurso inesperado da Providência Divina? Não aguardaria, ansioso, a manifestação favorável da Natureza? Quem está firmemente no âmago do coração de um homem, nosso irmão, para dizer, com certeza matemática, se ele vai reagir contra o mal ou deixar de fazê-lo, se pretende o repouso ou o trabalho ativo? Não podemos, desse modo, mobilizar qualquer argumento intelectual para fugir ao nosso dever de assistência fraterna ao ignorante e sofredor. Urge atender à nossa parte de obrigação imediata, compreendendo que a construção do amor é também uma obra de tempo. Nenhuma palavra, nenhum gesto ou pensamento, nos serviços do bem, permanece perdido.

...
A jovem que reagia contra a perigosa atuação dos habitantes das sombras, demonstrava regular normalidade em seu aparelho fisiológico. Semelhava-se a alguém que movimentava todas as possibilidades da defensiva para conservar intacto o equilíbrio da própria casa; entretanto, os demais exibiam lamentáveis condições orgânicas. A desventurada possessa apresentava sérias perturbações, desde o cérebro até os nervos lombares e sacros, demonstrando completa desorganização do centro da sensibilidade, além de lastimável relaxamento das fibras motoras. Tais desequilíbrios não se caracterizavam apenas no sistema nervoso, mas igualmente nas glândulas em geral e nos mais diversos órgãos. Nos demais obsidiados, os fenômenos de degradação física não eram menores. Dois deles revelavam estranhas intoxicações no fígado e rins. Outro mostrava singular desequilíbrio do coração e pulmões, tendendo à insuficiência cardíaca em conúbio com a pré-tuberculose avançada.
Enquanto examinava, atento, aqueles inquietantes quadros clínicos, o orientador encarnado da assembléia, fazendo-se intérprete de grandes benfeitores do nosso plano de ação, espalhava o amor cristão e a sabedoria evangélica, a longos jorros, efetuando, com extrema fidelidade ao Cristo, a semeadura da caridade, da luz, do perdão.

Desejando a minha elevação nas atividades construtivas, Alexandre aproximou-se de mim e observou:
- Repare no serviço de fraternidade legitima. Não temos o milagre das transformações repentinas, nem a promoção imediata, aos planos mais elevados, dos que se demoram no campo inferior. A tarefa é de sementeira, de cuidado, persistência e vigilância. Não se quebram grilhões de muitos séculos num instante, nem se edifica uma cidade num dia. É indispensável desgastar as algemas do mal, com perseverança, e praticar o bem, com ânimo evangélico."



Palavras do Instrutor Espiritual sobre o Tratamentento a Obsediados

O trecho abaixo foi retirado do livro Missionários da Luz, quando André Luiz solicita ao instrutor espiritual informações gerais sobre o tratamento aos obsidiados.

"Valendo-me da hora, acerquei-me de Alexandre, para não perder as suas lições alusivas ao assunto, e indaguei:
- Como atingir as conclusões finais, no tratamento aos obsidiados?
Ele sorriu e respondeu:
- Em todas as nossas atividades de socorro há sempre imenso proveito, ainda mesmo quando a sua extensão não seja perceptível ao olhar comum. E qualquer doente dessa natureza que se disponha a cooperar conosco, em benefício próprio, colaborando decididamente na restauração de suas atividades mentais, regenerando-se à luz da vida renovada no Cristo, pode esperar o restabelecimento da saúde relativa do corpo terrestre. Quando a criatura, todavia, roga a assistência de Jesus com os lábios, sem abrir o coração à influência divina, não deve aguardar milagres de nossa colaboração.

Podemos ajudar, socorrer, contribuir, esclarecer; não é, porém, possível improvisar recursos, cuja organização é trabalho exclusivo dos interessados. - Penaliza-me, porém, o quadro clínico dos obsidiados infelizes - considerei, sob forte impressão. - Quão dolorosa a condição física de cada um! – Sim, sim! - revidou o instrutor - o problema da responsabilidade não se circunscreve a palavras. É questão vital no caminho da vida. Preservando os seus filhos contra os perigos do rebaixamento, criou Deus o aparelhamento das luzes religiosas, acordando as almas para a glorificação imortal. Raros homens, entretanto, se dispõem a respeitar os desígnios da Religião, olvidando, voluntariamente, que as menores quedas e mínimas viciações ficam impressas na alma, exigindo retificação. Você está observando aqui alguns pobres obsidiados em processo positivo de tratamento, mas esquece que inúmeras criaturas, ainda na carne, não obstante informadas pela Religião quanto às necessidades do espírito, se deixam empolgar pelo apego vicioso ao campo de sensações de vária ordem, contraindo débitos, assumindo compromissos pesados e arrastando companheiros outros em suas aventuras menos dignas, forjando laços fortes para os dolorosos dramas de obsessão do futuro.

E, depois de sorrir paternalmente, acrescentou: - Que deseja você? É certo que devemos trabalhar tanto quanto esteja ao nosso alcance, pelo bem do próximo; todavia, não podemos exonerar os nossos semelhantes das obrigações contraídas. O servo fiel não é aquele que chora ao contemplar as desventuras alheias, nem o que as observa, de modo impassível, a pretexto de não interferir no labor da justiça. O sentimentalismo doentio e a frieza correta não edificam o bem. O bom trabalhador é o que ajuda, sem fugir ao equilíbrio necessário, construindo todo o trabalho benéfico que esteja ao seu alcance, consciente de que o seu esforço traduz a Vontade Divina."





14. Umbanda e Espiritismo

Sempre fui um curioso pela Umbanda e conheci em algumas oportunidades o trabalho de desobsessão realizado pelos nossos queridos amigos, decidi então citar algumas informações que me foram passadas e outras que observei ou busquei em livros.

Gostaria de deixar bem claro que estou aqui falando sobre Umbanda e NÃO Quimbanda ou Candomblé. Nessas duas formas de expressão espiritual existe morte de animais e a desobsessão muitas vezes é realizada através do aprisionamento do obsessor, que permance encarcerado enquanto existe interesse em proteger o obsediado. Um dia o verdugo se liberta e volta para sua vítima com um ódio maior ainda. Alguns lugares "cobram"para afastar espíritos obsessores, nunca freqüente esses lugares ou participe dessas reuniões.

Não se pode cobrar pelas bênçãos espirituais. O caminho dos centros espíritas e terreiros de Umbanda pode ser mais longo e exigir um pouco mais de paciência, mas com certeza é mais seguro, buscando sempre a transformação interior do paciente.

Existe uma diferença básica para quem foi a uma sessão de desobsessão em um Centro Espírita e na Umbanda. Geralmente temos no centro espírita a possibilidade de conversa com o espírito sofredor, na Umbanda vemos a maior parte das vezes o médium desabar e parecer que está amarrado, a entidade poucas vezes se pronuncia e a sensação que passa é que ela foi levada a força.

Uma vez um preto-velho me informou que "a maior parte" dos obsessores atendidos na Umbanda são espíritos mais agressivos e de difícil diálogo. O método aplicado pelas tendas Umbandistas se adequa melhor a esse tipo de obsessor. Também são tratados espíritos que realizam feitiços e magia negra. Os Pretos-Velhos são experientes "desfazedores" de trabalhos, os Caboclos são hábeis manipuladores de energias da natureza e os Exus são especializados em lidar com as baixas energias do plano astral.

Em centros espíritas são levados os espíritos de mais fácil diálogo e que se adequam melhor ao tipo de procedimento aplicado.

Muitas entidades trabalham como preto-velho na Umbanda e como doutores ou senhores no centro espírita. Para ter maiores exemplos consulte os livros Tambores de Angola e Aruanda de Robson Pinheiro. Retirei o seguinte trecho do livro Tambores de Angola:

"Perfeitamente, Ângelo. A presença de vocês aqui é uma prova disso. Da mesma forma, temos muitos dos nossos trabalhando nos centros kardecistas, auxiliando aqui e ali, nos trabalhos de cura e desobsessão. O fato de nós trabalharmos em conjunto não nos faz robôs, não pensamos de maneira idêntica. Guardamos a nossa opção íntima, e, afinal - disse, sorrindo - nisso está a verdadeira fraternidade, que nos amemos uns aos outros e respeitemos as convicções pessoais, pois, se os métodos de trabalho se multiplicam ao infinito, o Senhor da vinha permanece sendo um só, Jesus ou Oxalá."

Pode acontecer durante um trabalho de auxílio espiritual que alguns obsessores sejam levados para tratamento no centro espírita e outros na tenda de Umbanda. Diferente de nós os espíritos desencarnados não separam o trabalho, todos são irmãos que de formas diferentes contribuem para o auxílio das ovelhas perdidas. Retirei os trechos abaixo do livro Tambores de Angola:

"...que deveríamos esperar mais um pouco, pois ela gostaria que ele fosse capturado e conduzido para uma casa espírita, onde poderia passar pela terapia espiritual que normalmente é chamada de desobsessão, enquanto ela e seus trabalhadores ficariam responsáveis pela falange de espíritos mais perigosos, encaminhando-os, no devido tempo, para o tratamento adequado, numa casa espírita ou numa tenda umbandista.
...
Meus filhos, vocês sabem que estas ações mais ou menos pesadas, que são realizadas nos subplanos astrais, são uma especialidade desses espíritos que conosco militam nas falanges abençoadas da Umbanda. Muitas vezes realizamos ação conjunta com os mentores e orientadores de outras linhas de atividades, como a dos nossos irmãos espíritas. No entanto, temos dificuldades quanto a muitos centros espíritas, que ainda guardam reservas quanto aos nossos trabalhadores, que se manifestam como caboclos ou pretos velhos. Assim sendo, gostaríamos de rogar aos companheiros que nos auxiliem, conduzindo alguns espíritos para as reuniões de tratamento desobsessivo nas mesas espiritistas pois, se forem conduzidos aos nossos núcleos umbandistas, encontraremos dificuldades para o seu esclarecimento. Ainda guardam preconceitos em relação aos nossos rituais e métodos de trabalho, o que não lhes condenamos; por isso, requerem outras formas de despertamente de suas consciências, e acredito que para isso a doutrina espírita tem recursos imensos. Enquanto vocês os conduzem para a terapia espírita nós iremos tomar conta dos espíritos que se fazem acessíveis às nossas atividades espirituais e dos que necessitam de métodos mais drásticos de aprendizado para o seu despertamento. Neste caso, segundo acreditamos em nossa tenda, a Umbanda é especializada, pois muitos encarnados e desencarnados não conseguem acordar para a realidade espiritual apenas com o esclarecimento tal como ocorre em muitas casas espíritas. Acredito que podemos trabalhar em conjunto, visando ao mesmo objetivo, que é a elevação moral de nossas almas."





15. Desobsessão no Astral

Muitos obsessores são auxiliados sem precisar participar de uma reunião de caridade, ligando-se a médiuns para serem doutrinados.

Quando o desencarnado possui uma brecha para auxílio os espíritos superiores se tornam visíveis e conversam com eles. Temos também casos de espíritos que já se renovaram mas ainda não conseguiram sublimar suas virtudes, eles funcionam como interpretes dos espíritos superiores para diálogos com os espíritos inferiores. Retiramos um trecho do livro Missionários da Luz que mostra perfeitamente esse exemplo de doutrinação:

"As entidades inferiores que rodeavam os doentes compareciam em grande número. Nenhuma delas nos registrava a presença, em virtude do baixo padrão vibratório em que se mantinham, mas se sentiam à vontade, no contacto com os companheiros encarnados. Permutavam impressões, entre si, com grande interesse, e através das conversações deixavam perceber seus terríveis projetos de ataque e vingança.
Seguia-lhes atentamente a movimentação, quando fui surpreendido com a chegada de dois amigos de nosso plano, para os quais olharam os obsessores, com certo receio.
- São nossos intérpretes junto das entidades perseguidoras - exclamou Alexandre, elucidando-me. - Em virtude da condição em que se encontram, podem ser percebidos por elas e manter estreita ligação conosco, ao mesmo tempo. Assinalando a serenidade com que sorriam para nós, sem partilharem de entendimento direto com os instrutores de nossa esfera, ali presentes, ouvi o meu orientador explicar:
- Já se encontram de posse das instruções precisas aos trabalhos da noite.
As criaturas desencarnadas, que se congregavam ali em dolorosa perturbação, retificaram, de algum modo, a linguagem que lhes era própria, ao avistarem os dois missionários. Verifiquei, pela modificação havida, que ambos eram já conhecidos de todas."





16. Brincadeiras Espirituais – Perigo de Obsessão

Entre as brincadeiras espirituais mais conhecidas estão:

• A brincadeira do copo, onde algumas pessoas se reúnem e ficam com a mão sobre o copo e esperam para ver se ele mexe.

• A brincadeira da caneta, onde uma ou mais pessoas se reúnem, desenhando o alfabeto e números em uma folha. O espírito mexe a caneta até as letras e os números.

• O Tablado, parecido com a brincadeira do copo só que o desenho é realizado em um tablado de madeira. Pode-se utilizar o copo ou outro tipo de instrumento para navegar no tablado.

A brincadeira em si não faz muita diferença, o problema maior se encontra na seguinte afirmação:

"Os brincalhões CHAMAM os espíritos para se comunicar e ficam fazendo perguntas!!!"

Aquele que atende ao chamado foi convidado e no seu entendimento as respostas dadas podem ser consideradas favores para os que estão participando da brincadeira.

Uma hora o espírito comunicante vai querer a compensação desses "favores". Ele assim procede por ser um espírito ainda preso ao mundo físico, onde é muito comum as leis de compensação.

Os espíritos nobres que entram em contato através de médiuns preparados e amorosos nada cobram, nada exigem, fazem a sua parte por amor a Jesus e a Humanidade. Esses tarefeiros do bem não tem tempo disponível para ficar brincando com curiosos, por isso se tem alguém respondendo perguntas em brincadeiras espirituais, esse alguém é um "espírito inferior".

Vamos explicar primeiro o que acontece. Na maioria das vezes a brincadeira acontece se próximo (participando ou não) estiver um médium, que auxiliará doando o material etérico (ectoplasma) necessário para mexer o objeto ou terá maior facilidade para entrar em contato com os espíritos e mexer a caneta. A forma utilizada vai depender do tipo de brincadeira.

Se pararmos para pensar um pouco chegaremos à conclusão que os espíritos sérios não tem tempo para responder brincadeiras de encarnados QUE NÃO TEM O QUE FAZER!!

Por isso podemos tentar adivinhar quem vai responder ao chamado para brincadeira.... Espíritos inferiores que estejam próximos, sejam eles brincalhões, inconscientes da sua situação ou vingadores.

Dada a formação moral do interlocutor já podemos tentar adivinhar as conseqüências....

onforme o espírito responde ele se acha no direito de se ligar aos encarnados, já que foi por eles convidado.

Após as "apresentações iniciais" tudo começa!!! Esse é um tipo de brecha que possibilita a obsessão, fascinação e vampirização. O obsessor tudo fará para que as brincadeiras continuem, ampliando seu domínio sobre os que participam.

Infelizmente eu passei por uma situação parecida ainda muito novo, aos 15 anos, e posso atestar como é difícil se desligar desse tipo de vinculo. Geralmente o mais prejudicado do grupo de brincalhões é o médium, prato favorito dos obsessores.

Para aqueles que desejam maiores informações existe um romance espírita chamado Copos que Andam, da Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, a mesma autora do consagrado Violetas na Janela. Nesse livro é relatado um caso de obsessão que se iniciou com as brincadeiras espirituais. Vale a pena a leitura, o livro é bem interessante.





17. Como evitar a obsessão

Como falamos antes a obsessão está intimamente ligada a brechas deixadas pelos encarnados. A melhor forma de evitar a obsessão é fazer o possível para se melhorar, buscando sublimar as suas imperfeições, buscando sempre amparar o próximo, pois ao servir ao semelhante você adquire merecimento para receber auxílio dos irmãos da espiritualidade superior.

Mesmo assim, vigilante, em dia com suas preces e realizando o evangelho no lar, nada impede que algum obsessor se aproxime. Muitas vezes ele não consegue se ligar por você estar com uma boa vibração, porém ele ficará próximo, esperando a sua primeira brecha.

Por isso é muito importante que sempre estejamos em paz, sempre perdoando, amando a todos e buscando se desligar daquilo que nos prende ao mundo físico.

A Oração e o Evangelho no Lar também são muito importantes para proteção contra espíritos aproveitadores. Retirei do livro Copos que Andam, escrito por Vera Lúcia através do espírito Antonio Carlos a seguinte passagem:

"... E, depois de chamarem os Espíritos e respondidas as perguntas, querem afastar os que foram convidados, proferindo orações decoradas, juntamente com ramos, ervas ou água benta. Podem certas ervas, quando queimadas srem tóxicas e incomodarem Espíritos maus e ociosos. Mas voltam depois, mais furiosos e rancorosos por terem sido expulsos. Só não entrava em lares onde a oração era sincera e o Evangelho estudado e vivido, deixando fluidos que faziam uma barreira pela qual não conseguia passar. Nem Espíritos com minha experiência passam. Onde os pensamentos de caridade de sues moradores fluem de um modo que favorece os semelhantes, ou seja, com fluidos bons, torna-se insuportável, ali, a presença dos invasores de lares alheios, os inescrupulosos que semeiam desgraças. Mas quando forme convidados ou chamados, sentem-se enao como donos, tanto do lugar, como das pessoas. Vampirizam fluidos como pagamento das respostas dadas e julgam-se ainda credores."

Se você se acha imune à obsessão eu peço que compare a sua vida com a de Gandhi, pense como um espírito poderia obsediar Gandhi:

Gandhi comia o necessário para sobreviver, negando a morte de animais para se alimentar.

Gandhi pregava e exercia a não violência, como obsediar alguém que não consegue maldizer ou agredir. Ele e seu grupo preferiam morrer a revidar com a violência.

Gandhi se absteve da relação sexual, tendo na sua esposa a companheira de caminhada na Terra.

Gandhi pregava o amor entre irmãos, não concordando com a guerra religiosa no seu país.

Gandhi era puro amor, devoção e compreensão.

Gandhi era silêncio, só falando o necessário para que sua missão se concretizasse.

Gandhi possui o suficiente para sua subsistência, compartilhando sempre com o próximo os bens que possuía.

Os rastros de luz deixados pelos grandes seres que caminharam pela terra são grandes "dicas" de como devemos proceder e viver para alcançar a libertação.

O Evangelho é o livro das respostas para todas as dúvidas em relação aos dilemas que nos angustiam, Jesus deixou placas que devem ser seguidas por todos que realmente desejam se iluminar.

Gustavo Martins
http://www.grupopas.com.br/cadastroColuna/mostraArtigoColuna.do?id=141

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SALVE DONA MARIA MOLAMBO

SALVE  DONA MARIA MOLAMBO
MINHA AMADA GUARDIÃ E ANJO DA MINHA VIDA!